quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Oncologistas alertam para dificuldades em aceder a terapias inovadoras

Os oncologistas europeus estão preocupados com a falta de comparticipação dos medicamentos anticancerígenos. Durante o workshop “A Question of Time – are people with cancer missing out?, integrado no “European Congress Conference of Oncology” (ECCO), que decorreu em Barcelona, os especialistas debateram as dificuldades no acesso às novas terapêuticas oncológicas e criticaram o National Institute for Health and Clinical Excelence (NICE), em Inglaterra, que dizem não ser exemplo a seguir.

De entre os países representados (Espanha, Inglaterra, Eslovénia, Estados Unidos da América, entre outros), todos concordaram que o NICE é um mau exemplo. Conforme explicou Joaquim Bellmunt, Chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Del Mar em Barcelona, “a subvalorização das indicações terapêuticas e a não comparticipação no caso dos medicamentos mais dispendiosos, são algumas das razões que levam à desvalorização deste Instituto”.

Segundo avança o portal Saúde na Internet, o NICE, que serve de “modelo” a Portugal, durante os seus nove anos de actuação e com duas mil propostas de medicamentos apresentadas, apenas aprovou 35.

A restrição do acesso dos pacientes com cancro a terapêuticas inovadoras parece estar a crescer um pouco por toda a Europa, contrariando mesmo a aprovação emitida pela Agência Europeia do Medicamento (EMEA).

Recorde-se o caso que recentemente veio a público em Portugal quanto, no mês passado, deu entrada na Ordem dos médicos (OM) uma queixa apresentada por um clínico que dava conta da recusa da comissão de farmácia e terapêutica do seu hospital em prescrever um medicamento inovador a um doente com cancro.

Marta Bilro

Fonte: Saúde na Internet, Farmacia.com.pt.

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