sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Problemas relacionados com a idade camuflam doenças da tiróide

A diversidade de sintomas provocados pelos problemas de tiróide faz com que, muitas vezes, os médicos não se apercebam da presença da doença. De acordo com um relatório da Escola Médica de Harvard, o diagnóstico nos doentes com problemas de tiróide é frequentemente confundido com falhas cardíacas, colesterol elevado ou mesmo demência.

Nos casos de hipotiroidismo, que se manifesta quando a tiróide não pode produzir as quantidades adequadas de hormona tiróidea necessárias para o organismo, os sintomas são muito diversos, podendo mesmo ser confundidos com os de uma depressão. O hipotiroidismo caracteriza-se pela voz rouca e dicção lenta, pálpebras caídas, olhos e a cara inchados e salientes, aumento de peso, pele seca, intolerância ao frio ou sensação de cansaço.

Algumas pessoas, sobretudo os adultos, ficam esquecediças e parecem confusas ou dementes, sinais que facilmente se podem confundir com a doença de Alzheimer ou outras formas de demência. Há situações em que os adultos apresentam sintomas que não ocorrem nos doentes mais jovens, como é o caso do colesterol elevado, falha cardíaca, alterações no funcionamento do intestino, problemas psiquiátricos e problemas de equilíbrio.

A variedade de sintomas possíveis faz com que os médicos, principalmente no caso de pessoas idosas, se concentrem em doenças mais comuns dessa faixa etária, refere o estudo intitulado “Doença da tiróide: Compreender o Hipotiroidismo e Hipertiroidismo”. Alguns médicos verificam periodicamente a função tiróidea, no entanto, as análises de rotina não são um procedimento universal. É por isso que os autores do estudo recomendam que, caso haja qualquer suspeita, seja solicitado ao médico um exame de avaliação à tiróide.

O hipotiroidismo trata-se com a substituição da hormona tiróidea deficiente, mediante um dos diversos preparados orais existentes. A forma preferida é a hormona tiróidea sintética, T4. Outra forma, a hormona tiróidea dessecada, obtém-se das glândulas da tiróide de animais. Em geral, a forma dessecada é menos satisfatória, refere o Manual Merck, porque a dose é mais difícil de adaptar e os comprimidos têm quantidades variáveis de T3. Por sua vez, o hipertiroidismo pode ser tratado farmacologicamente, mas outras opções incluem a extracção cirúrgica da glândula tiróide ou o seu tratamento com iodo radioactivo. O propiltiouracilo ou o metimazol, os medicamentos mais utilizados para tratar o hipertiroidismo, atrasam o funcionamento da tiróide e diminuem a produção hormonal.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, eMaxHealth, Manual Merck.

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