sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Scaners MRI permitem detectar precocemente 92 % dos casos de cancro da mama

Uma equipa de investigadores da Universidade de Bonn descobriu que os aparelhos de scaner MRI conseguem detectar 92 por cento dos casos de cancro da mama em fase precoce, uma percentagem muito superior à das tradicionais mamografias, que apenas identificam 56 por cento das lesões.

Os scaners MRI são essencialmente utilizados em exames cerebrais e até à data, a sua utilização na detecção de cancro da mama tem acontecido mais como suporte aos exames tradicionais, do que como principal método de identificação de lesões. Contudo, as recentes conclusões deste estudo trazem uma nova esperança no combate ao cancro da mama, pois a detecção precoce da doença é decisiva para o sucesso do tratamento.

O estudo recorreu à observação de 7.300 mulheres, com um tipo de cancro de mama em estado muito precoce, o ductal carcinoma in situ (DCIS), que afecta os canais de aleitamento. O scaner MRI demonstrou maior eficácia na detecção de anomalias mamárias, principalmente nos casos mais agressivos, identificando 98 por cento das lesões, enquanto que as mamografias tradicionais apenas permitiram identificar 52 por cento destes casos.

No que respeita aos erros de diagnóstico, o estudo aponta que as probabilidades de erro deste aparelho não são superiores às dos aparelhos tradicionais. No entanto, a comunidade cientifica alerta para a necessidade de se realizarem mais estudos que permitam conhecer o real valor deste tipo de scaner e que possibilitem a utilização desta ferramenta como principal método de identificação de lesões.

Inês de Matos

Fonte: BBC

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