segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Eli Lilly deverá liderar mercado de fármacos para a osteoporose em 2011

A farmacêutica norte-americana Eli Lilly deverá surgir como a principal empresa no sector dos medicamentos para a osteoporose até 2011, principalmente por se manter afastada da crescente competitividade no segmento dos biofosfonatos, revela um relatório elaborado pela “Decision Resources” e pelo “Millennium Research Group”.

A Eli Lilly, que no final do período previsto deverá reteruma quota de 29,7 por cento no mercado dos mediamentos para a osteoporose, possui dois fármacos principais no seu portfolio de produtos para o tratamento desta doença, nenhum dos quais se insere na classe dos biofosfonatos. O Evista (Raloxifeno) pertence ao grupo farmacoterapêutico dos moduladores selectivos do receptor do estrogénio, por sua vez, o Forsteo (Teriparatida) é o fragmento activo da hormona paratiroideia humana endógena.

No mercado dos biofosfonatos, os investidores habituais, como a Merck, a Procter & Gamble e a Sanofi-Aventis estão progressivamente a ser desafiados por novas terapias que exigem tomas menos frequentes, ao mesmo tempo que sobre eles paira a ameaça do surgimento de novas classes de medicamentos e de versões genéricas de terapias líder.

“Tanto o Evista como o Forsteo estão protegidos por patente até ao final da previsão; por isso mesmo irão fornecer uma base forte para o crescimento da Eli Lilly, especialmente tendo em conta a nova indicação do Evista na prevenção do cancro da mama inicial e o aumento da confiança dos médicos no Forsteo”, afirmou Matthew Runnalls, analista do “Millennium Research Group”.

No entanto, de acordo com o especialista, o principal impulsionador do crescimento da empresa nos anos mais próximos a 2011 deverá ser o arzoxifene, um modulador selectivo do receptor do estrogénio de segunda geração ainda em ensaios clínicos. Ainda assim, o lançamento deste medicamento deverá estar sujeito a algumas complicações por surgir depois do Viviant, um modulador selectivo do receptor do estrogénio de segunda geração desenvolvido pela Merck, e do Aprela, a combinação entre uma nova terapia de substituição hormonal e um modulador selectivo do receptor do estrogénio, também da Merck, salientou Runnalls.

O mesmo estudo sugere também que apesar de deter a patente do Fosamax (Ácido alendrónico) na Europa continental, a posição de liderança da Merck no mercado dos biofosfonatos – que gerou 1,4 mil milhões de euros nas receitas do sector da osteoporose em 2006 - deverá ser dizimada pelas versões genéricas do fármaco nos Estados Unidos da América, Japão e Reino Unido.

A Merck deverá assistir a uma quebra na sua quota de mercado, que desce dos 37.7 por cento para os 9.1 pontos percentuais em 2011. Uma lacuna que deverá ser equilibrada pela presença da Eli Lilly e de outras empresas nesse novo mercado competitivo. A Wyeth, a Amgen e a Novartis irão mais do que duplicar a sua quota de mercado em 2011, diz ainda o mesmo documento.

Mais de 20 por cento dos médicos inquiridos no âmbito deste relatório prevêem que a Wyeth será a empresa mais influente no ramo da osteoporose durante os próximos cinco anos, graças ao Viviant e ao Aprela. A Novartis e a Amgen deverão também apoderar-se de uma fatia significativa do mercado, no primeiro caso devido ao Aclasta, um biosfonato injectável de administração anual, e no segundo, graças ao Denosumab, o primeiro biológico da sua classe, administrado duas vezes por ano.

Marta Bilro

Fonte: PR Newswire, PharmaLive, Infarmed, Farmacia.com.pt.

Sem comentários: