quinta-feira, 7 de junho de 2007

DECO alerta para o perigo dos "Piercings" e Tatuagens

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) concluiu que a maioria dos estabelecimentos que fazem 'piercings' e tatuagens apresenta falhas graves no que toca à informação prestada ao cliente sobre os seus potenciais riscos. Esta conclusão surge após um estudo da DECO realizado em 22 estabelecimentos de Lisboa, Porto, Albufeira e Faro. Para além da falta de informação na maioria dos estabelecimentos, em muitos deles os responsáveis pedem aos clientes que assinem um termo de responsabilidade que a DECO considera ter cláusulas abusivas e ilegais, não lhe conferindo qualquer validade. Todos estes dados serão publicados em Junho na revista Teste Saúde.

Na sequência deste estudo, a DECO começou esta quarta-feira, na Escola Secundária António Arroio, em Lisboa uma campanha de sensibilização sobre 'piercings' e tatuagens que servirá, essencialmente, para sensibilizar os mais jovens para os cuidados que deverão ter na realização de um 'piercing' ou de uma tatuagem, para as questões de higiene a ter em conta na escolha do estabelecimento e para os potenciais riscos associados a estas práticas. Além da divulgação em spots de rádio, a DECO irá distribuir folhetos que alertam que os 'piercings' e tatuagens mal feitos poderão ter consequências graves para a saúde, existindo a possibilidade de surgirem infecções, alergias, doenças de pele, contaminação com hepatite B, hepatite C ou mesmo o Vírus da Imunodeficiência Adquirida (VIH).

A DECO recomenda a todos os consumidores que, antes de fazerem um 'piercing' ou tatuagem, se informem, convenientemente, sobre os cuidados necessários e os riscos que correm. A associação aconselha ainda os consumidores a visitar a sala de trabalho do estabelecimento e as suas condições de higiene. É de extrema importância o profissional usar luvas, máscara e agulhas descartáveis e a sala ter um caixote de lixo e lavatório accionados por um pedal.

A DECO acha que o Governo deve intervir, urgentemente, neste assunto, defendendo uma fiscalização mais activa aos estabelecimentos, apresentando como solução a formação de profissionais nesta área.

Paulo Frutuoso
Fonte: Correio da Manhã

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