quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Empresa suíça chamada a repor a verdade sobre o Exelon
FDA acusa Novartis de mentir aos doentes


A Food and Drug Administration (FDA), entidade norte-americana que regula o sector do medicamento, notificou a companhia farmacêutica suíça Novartis por causa de alegadas informações falsas sobre o Exelon (rivastigmina), o fármaco mais vendido no tratamento da doença de Alzheimer, que actualmente está disponível em mais de 70 países. A FDA acusa a Novartis de proclamar para aquele medicamento maior índice de segurança do que aquele que foi efectivamente demonstrado.

Numa nota datada do passado dia 8, mas que apenas foi publicada ontem, terça-feira, no site da FDA (http://www.fda.gov/), a entidade reguladora norte-americana tece duras acusações à Novartis, acusando claramente a empresa de mentir aos doentes, e pede que a verdade sobre a eficácia e os riscos inerentes à utilização daquele fármaco seja de imediato reposta, e que a publicidade que tem vindo a circular num folheto da marca seja interrompida, considerando que, “em termos de saúde pública, estas violações são fonte de preocupação” para os reguladores. Em causa está a sugestão de que o Exelon é mais seguro e eficaz do que é na realidade, e o facto de, segundo a Food and Drug Administration, o uso do fármaco estar a ser estimulado pela companhia farmacêutica em condições diversas daquelas em que a sua eficácia foi demonstrada nos ensaios clínicos realizados. A FDA estabelece como data-limite para uma resposta da empresa suíça o próximo dia 22.
Entretanto, um porta-voz da Novartis já reagiu ao comunicado, referindo que a empresa está a analisar o seu conteúdo e deverá responder, como solicitado, no próximo dia 22. A mesma fonte asseverou que serão tomadas “as medidas necessárias para garantir que todos os materiais de promoção cumprem escrupulosamente as normas da FDA”. De acordo com o que o farmacia.com.pt conseguiu apurar, o Exelon está disponível no mercado desde 1997 e actualmente é comercializado em mais de 70 países, no âmbito do tratamento de casos de demência moderada em pacientes com Alzheimer. No nosso país foi introduzido em 1998 (com renovação em 2003), sendo titular da Autorização de Introdução no mercado a Novartis Europharm Limited, com sede no Reino Unido.

Carla Teixeira
Fonte: Firstword, FDA, Bloomberg, Agência Efe, EMEA

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