quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Ordem remeteu uma exposição ao Ministério da Saúde
Um novo modelo para a carreira farmacêutica


A direcção nacional da Ordem dos Farmacêuticos prometeu investir contra o que definiu como uma crescente desvalorização da carreira farmacêutica por parte da tutela, e tem levado a cabo inúmeras acções nesse sentido. No seguimento das audiências solicitadas ao presidente da Assembleia da República e aos diversos grupos parlamentares – a OF já se reuniu com Jaime Gama e com o PCP –, e no âmbito dos princípios orientadores da reforma que está em curso nos regimes de vinculação, carreira e remunerações na Administração Pública, a equipa liderada por Irene Silveira acaba de enviar uma exposição ao Ministério da Saúde.

Na carta enviada ao gabinete de António Correia de Campos a Ordem caracteriza a intervenção farmacêutica no seio do sector público, “sustentando a necessidade de aproveitar o actual processo de reforma para alcançar um modelo de carreira farmacêutica que promova ganhos em saúde e contribua para a clarificação das competências profissionais” dos farmacêuticos, vincando a sua importância para a “qualidade e racionalidade da prestação de cuidados de saúde”. Nessa medida, e segundo apurou o farmacia.com.pt junto de fonte oficial, a OF pretende avisar a tutela da “necessidade de constituir uma carreira especial, que abranja todos os farmacêuticos, reconhecendo a titulação de especialidades e a adequação das qualificações e das funções, como princípios relevantes e objectivos para a sua efectivação”.
Isso mesmo refere a Ordem num comunicado publicado sua página na internet (http://www.ordemfarmaceuticos.pt/), em que sustenta a convicção de que “a carreira farmacêutica deverá representar um innstrumento promotor da universalidade de farmacêuticos afectos à Administração Pública e abranger um vasto conjunto de profissionais que exercem funções diferenciadas em serviços farmacêuticos nos hospitais, serviços hospitalares de análises clínicas e patologia clínica, serviços e unidades de genética humana e institutos e organismos públicos”, de que são exemplo o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge e o Infarmed, entre outras entidades. No mesmo ofício a Ordem garante “a sua inteira disponibilidade para articular os procedimentos e mecanismos necessários, através de colaboração estreita com o Ministério da Saúde”.

Carla Teixeira
Fonte: Ordem dos Farmacêuticos, Ministério da Saúde