terça-feira, 11 de setembro de 2007

Grau de instrução relacionado a maior sobrevivência ao cancro

O nível de instrução dos indivíduos pode ter influência na capacidade de sobrevivência ao cancro. Um estudo do Instituto Karolinska descobriu uma relação entre o nível elevado de instrução e uma maior probabilidade de sobrevivência em diferentes tipos de cancro.

O estudo, que envolveu três milhões de homens e mulheres, demonstrou que em 20 diferentes formas de cancro, a sobrevivência foi 40 por cento superior nos pacientes com um nível universitário ou outro grau de educação elevado, relativamente aos que detinham menor grau de instrução. O melanoma, o cancro do pulmão, intestino e mama estiveram entre as modalidades da doença avaliadas pelos investigadores suecos.

A diferença nas probabilidades de sobrevivências é justificada pelos cientistas com o facto das pessoas mais instruídas se deslocarem ao médico com maior frequência, permitindo o diagnóstico nos estágios iniciais da doença. Este tipo de pacientes tem também mais apetência para seguir com maior rigor as indicações médicas, bem como as diferentes etapas do tratamento oncológico.

Os investigadores partiram do registo nacional dos casos de cancro no país para acompanhar a evolução da doença nos pacientes. Nos casos de Cancro da Mama, a pesquisa indicou que pacientes com melhor nível de educação registaram um índice de sobrevivência 32 por cento superior.

Jan Sundquist, responsável pela orientação do estudo, fez questão de realçar a genuinidade da pesquisa, afirmando que este foi o maior estudo já realizado até agora para determinar as associações entre o grau de instrução dos pacientes, a incidência de cancro e as taxas de sobrevivência à doença.

No âmbito do mesmo estudo, os investigadores realizaram uma segunda pesquisa para determinar a relação entre o nível de instrução de mulheres e os riscos de desenvolver cancro da mama. Ao avaliarem factores como a idade e o histórico familiar de doença oncológica em mais de 1,5 milhões de mulheres suecas, os cientistas observaram que as que possuíam grau universitário apresentavam uma probabilidade 44 por cento superior de detectar o cancro da mama numa fase inicial, comparativamente às que detinham nove ou menos anos de instrução escolar.

Marta Bilro

Fonte: Saúde na Internet.

Sem comentários: