terça-feira, 11 de setembro de 2007

Lisboa acolhe Congresso Europeu de Tiróide em 2009

Lisboa vai ser palco do Congresso Europeu de Tiróide em Setembro de 2009. O evento realiza-se pela primeira vez em Portugal e pretende estimular o estudo, investigação e divulgação das doenças da tiróide através da partilha de experiências entre especialistas de todo o mundo.

A escolha da capital para receber o seminário internacional é vista por João Jácome de Castro, responsável pela secção da Tiróide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia e Presidente da Comissão Organizadora do 34º Congresso Europeu, como um reconhecimento do trabalho feito pelos especialistas lusos.

A decisão, tomada durante o último Congresso Europeu, que decorreu em Leipzig, Alemanha, vai quebrar a hegemonia da organização de eventos pelos países do norte da Europa. “Agora Portugal pode-se sentar à mesa onde são tomadas decisões, como o estabelecimento de orientações ou normas de acção”, referiu o responsável.

De acordo com o especialista, os problemas da tiróide afectam cinco por cento da população europeia e são patologias em que a intervenção precoce é essencial para o sucesso da cura, mesmo em casos de cancro. Nesse sentido, “é preciso ensinar mais e falar mais da tiróide nas faculdades de medicina e sensibilizar a população. É preciso referir que se deve apalpar e olhar para o pescoço como se faz o exame à mama das mulheres à procura de eventuais problemas”, salientou.

A tiróide, que se localiza na região anterior do pescoço, segrega as hormonas tiróideas, que controlam a velocidade das funções químicas do corpo (velocidade metabólica). As hormonas da tiróide têm dois efeitos sobre o metabolismo: estimular quase todos os tecidos do corpo a produzir proteínas e aumentar a quantidade de oxigénio que as células utilizam. A tiróide é a responsável pela frequência cardíaca, pela pressão arterial, pelo estado emocional, pela regulação da temperatura corporal, pela função intestinal e pelo peso. As alterações no funcionamento da glândula têm grande influência na qualidade de vida dos doentes.

Há cerca de cinco por cento de portugueses com alterações da função tiroideia, mais de 10 por cento têm mais de 55 anos de idade. Cinco por cento dos portugueses apresentam nódulos tiroideus, dos quais 10 por cento poderão vir a degenerar em doença maligna.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa, Manual Merck, Médicos de Portugal.

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