domingo, 3 de junho de 2007

ALIMTA® útil no tratamento do cancro do pulmão

O medicamento ALIMTA® (pemetrexede injetável), fabricado e comercializado pela multinacional Eli Lilly and Company, mostrou utilidade adicional no tratamento do cancro do pulmão de não pequenas células, um dos mais diagnosticados em todo o mundo, e que representa 75 a 80 por cento de todos os carcinomas do pulmão. De acordo com os resultados de um estudo divulgado ontem, no âmbito do primeiro dia do 43º Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, sigla para a American Society of Clinical Oncology), que está a decorrer em Chicago, há uma nova esperança para aqueles doentes oncológicos.

A investigação, levada a cabo por especialistas do Norwegian Lung Cancer Group, envolveu 446 pacientes que não desenvolveram qualquer resposta à quimioterapia, e teve como objectivo principal avaliar se a combinação do fármaco ALIMTA com a substância carboplatina produziria algum tipo de benefício aos pacientes, quer em termos de qualidade de vida, finalidade primacial do estudo, quer no que respeita à hipótese de um maior período de sobrevivência à patologia. Os resultados obtidos sugerem que um regime de primeira linha baseado em ALIMTA pode proporcionar um menor grau de toxicidade do que a terapia geralmente utilizada para um cancro do pulmão de não pequenas células em estado avançado.
De acordo com os especialistas responsáveis pelo estudo agora divulgado, dos 384 pacientes entretanto analisados quanto à toxicidade, houve menos utilizadores do ALIMTA a apresentar sintomas de trombocitopenia ou um nível baixo de plaquetas, leucopenia ou diminuição dos leucócitos no sangue, e granulocitopenia ou baixa do número de granulócitos no sangue, enquanto os doentes submetidos ao tratamento habitual receberam transfusões de plaquetas, sem que no entanto fosse observada qualquer diferença entre as duas terapias no que concerne a sobrevivência. O líder da equipa de investigadores, Bjorn Henning Gronberg, do Hospital Universitário de Saint Olavs, na Noruega, disse que “os pacientes acompanhados no âmbito deste estudo receberam, quer no grupo tratado com a fórmula habitual, quer o grupo que usou o fármaco da Eli Lilly and Company, um benefício assinalável na qualidade de vida”, parecendo que “os pacientes do grupo do ALIMTA também beneficiaram de um perfil de toxicidade mais baixo”.
Este estudo preliminar foi conduzido com vista a avaliar a eficácia e segurança da combinação de duas terapias como tratamento de primeira linha para o cancro do pulmão de não pequenas células. “Estamos satisfeitos por ver que o ALIMTA tem um efeito sinergista com os agentes de platina, como a carboplatina”, considerou o médico Richard Gaynor, vice-presidente e responsável pela plataforma de pesquisa sobre cancro e oncologia da Eli Lilly and Company. Combinado com a cisplatina, o ALIMTA é actualmente indicado para o tratamento de pacientes com mesotelioma maligno da pleura, impossível de operar ou que de outro modo não são candidatos à cirurgia curativa. Como agente único, o medicamento é indicado para tratar doentes com cancro de pulmão de não pequenas células em estado avançado local ou metastático, depois da quimioterapia.

Carla Teixeira
Fontes: PRNewswire e site da Eli Lilly and Company

1 comentário:

Rui Borges disse...

Artigo bastante interesse.

Correcção:
"cancro do pulmão de não pequenas células"
por
"cancro não microcítico do pulmão"