domingo, 3 de junho de 2007

Herceptin traz nova esperança no combate ao cancro da mama

Um novo estudo apresentado hoje, no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, vem trazer novas esperanças no combate ao cancro da mama.
O estudo, NeOAdjuvant Herceptin (NOAH), demonstra que a combinação do Herceptin - um anticorpo humanizado, desenhado para bloquear o desenvolvimento do HER2, uma proteína produzida por um gene especifico, com potencial cancerígeno - com a quimioterapia, antes da cirurgia, pode aumentar de forma significativa a resposta ao tratamento.
Os resultados mostram que se verifica uma contracção do tumor, podendo mesmo provocar o seu desaparecimento. A combinação do Herceptin, com as sessões de quimioterapia, antes da cirurgia, foi testada em pacientes com cancro da mama HER2 positivo avançado, uma das variantes mais graves, que se caracteriza pelo rápido crescimento do tumor e pelo elevado número da recaídas.
O estudo demonstrou que em 43% dos casos, em que foi utilizada a combinação do Herceptin com a quimioterapia, o tumor foi completamente erradicado, quase duas vezes mais do que nos pacientes que apenas foram submetidos a sessões de quimioterapia (23%).
Os resultados deste estudo são prometedores, uma vez que traduzem mais uma esperança no combate ao cancro da mama, que aliada à cirurgia, pode aumentar a taxa de sobrevivência desta doença.
Segundo o professor L. Gianni, director de Oncologia Médica, Fondazione IRCCS Istituto Nazionale Tumori, em Milão, “o cancro da mama HER2 positivo, continua a ser um diagnóstico extremamente grave, uma vez que um elevado número de doentes regista recaídas e progressão da doença”. Para L. Gianni, a combinação do Herceptin com a quimioterapia pode trazer grandes benefícios para os doentes.
Jean-Jacques Garaud, responsável pelo desenvolvimento global de fármacos, na Roche, garante que “estes resultados prometedores, vêm juntar-se ao substancial número de evidências que indicam o Herceptin como a base para o tratamento do cancro da mama HER2 positivo”.
Garaud, relembra também que, além dos benefícios do Herceptin no combate ao HER2 positivo e na cura do cancro de mama em fase inicial, ele é também determinante na diminuição da amplitude da cirurgia a que os doentes têm que ser sujeitos.
O cancro da mama é o cancro mais frequente nas mulheres em todo mundo, sendo anualmente detectados cerca de um milhão de novos casos. O HER2 positivo atinge cerca de 20 a 30% das mulheres com cancro da mama. Todos os anos, o cancro da mama tira a vida a cerca de 400.000 mil doentes.

Inês de Matos

Fonte: PR Newswire

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