domingo, 3 de junho de 2007

Médicos do Hospital Santa Maria (HSM) admitem invocar o estatuto de objector de consciência para evitar IVG.

No serviço de ginecologia do hospital trabalham 34 especialista e 16 internos. Apenas um quarto destes médicos está disposto a praticar a interrupção voluntária da gravidez (IVG) nos seus pacientes. A percentagem é marcante o suficiente: cerca de 70% recusa-se a praticar a IVG sendo automaticamente resguardado pela nova lei que permite que estes especialistas invoquem que o procedimento vai contra os valores éticos da profissão.

Apesar da magnitude dos números, Luís graça, o responsável pelo serviço, afirma que o hospital estará pronto para efectuar o procedimento, tal como manda a lei, formando pequenas equipas médicas. Para tal, Luís Graça já procedeu à elaboração de uma listagem com nomes daqueles dispostos a ir praticar a IVG no HSM.

O Hospital irá ainda receber uma máquina de aspiração e a chamada "pílula abortiva" (ainda à espera de uma autorização especial de utilização, do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Farmácia). A nova lei está ainda em período de regularização e os hospitais terão até 21 de Junho para preparar os serviços de forma a efectuar interrupções voluntárias da gravidez até às dez semanas.

Susana Teodoro

Fonte: Sol e RTP

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