segunda-feira, 16 de julho de 2007

Infarmed alerta para os riscos das tatuagens temporárias com hena

O Infarmed lançou hoje uma nota de alerta sobre os riscos das tatuagens temporárias de cor negra que contenham hena, pois estas podem originar reacções alérgicas, mais ou menos graves, podendo mesmo ser necessária intervenção médica urgente e até hospitalização.

A nota de alerta foi emitida depois de o Infarmed ter tido acesso a informações da autoridade francesa (AFSSAPS), que indicavam os perigos do uso de hena incorporada com uma substância química proibida (parafenilenodiamina ou PPD), que serve para acentuar a cor negra e prolongar o efeito.

A PPD é uma substância autorizada na composição de produtos cosméticos, mas apenas permitida nas tintas capilares (até um máximo de seis por cento), sendo também utilizada na indústria têxtil.

O eczema de contacto, que se manifesta alguns dias ou semanas depois da realização de tatuagens temporárias, é um dos principais sintomas alérgicos a este produto, podendo surgir na zona tatuada, em redor da mesma ou por todo o corpo.

Os danos causados têm um “carácter irreversível”, causando por vezes uma “polisensibilização, nomeadamente a borracha, tintas do vestuário e tintas capilares”, o que pode comprometer não só a vida quotidiana dos consumidores, como também o seu desempenho profissional, alerta o Infarmed.

Apesar do alerta, não foi ainda registado qualquer caso em Portugal, no entanto, a nota solicita ainda que qualquer reacção alérgica a um produto cosmético ou de higiene corporal, deverá ser comunicada ao Infarmed.

Inês de Matos

Fonte: Sol

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