segunda-feira, 16 de julho de 2007

Laboratórios Abbott divulga estudo no «Journal of Pediatrics»
Synagis reduz sibilâncias recorrentes nos bebés


Um estudo divulgado na edição deste mês da revista «Journal of Pediatrics» atesta que a profilaxia com o Synagis (palivizumab), produzido e comercializado pela firma farmacêutica Abbott, poderia reduzir para cerca de metade a ocorrência recorrente de sibilâncias – ruídos resultantes da passagem do ar pelas vias respiratórias, pos causa de inflamações ou espasmos musculares – nos bebés prematuros.

De acordo com os dados da investigação desenvolvida por especialistas do serviço de Neonatologia do Hospital Clínico de Barcelona, as crianças prematuras nascidas sem doença pulmonar crónica a quem foi administrado aquele fármaco da Abbott revelaram uma incidência de sibilâncias 49 por cento inferior à dos bebés que não receberam o Synagis. O ensaio clínico, que teve dois anos de duração, aferiu ainda que a detecção daquele problema pelo médico assistente desce 51 por cento nas crianças sujeitas ao tratamento com o medicamento.
Normalmente o diagóstico desta doença exige várias consultas e exames até que o seu médico perceba a razão das sibilâncias nos bebés. Xavier Carbonell, director do serviço de Neonatologia do Hospital Clínico de Barcelona e vice-presidente da Sociedade Espanhola de Neonatologia, que coordenou este estudo, explicou que esta “é uma patologia que pode ter manifestações muito leves ou muito graves”, e que nos casos mais extremos pode mesmo obrigar ao internamento do doente para receber ventilação assistida e ao uso de broncodilatadores inalados.
O Synagis consiste numa terapia biológica que integra a família dos anticorpos monoclonais que se administra mensalmente nos bebés prematuros, visando a prevenção do surgimento de infecções do tracto respiratório. A Organização Mundial de Saúde estima que o problema afecte 64 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, das quais 160 mil acabam por morrer devido à infecção.

Carla Teixeira
Fonte: PM Farma

1 comentário:

Rui Borges disse...

Bom artigo, mas já havia sido publicado a 02 de Julho pela Isabel Marques.