sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Indústria farmacêutica indiana pode alterar mercado dos genéricos

Aposta em profissionais qualificados é o primeiro passo a tomar

A indústria farmacêutica indiana enfrenta um crescimento próspero, havendo mesmo um estudo que a coloca entre os dez mercados farmacêuticos mais importantes do mundo, até 2015. O mercado farmacêutico daquele país asiático tem vindo a sofrer uma maturação significativa que lhe permitirá também alterar a dinâmica da indústria global de genéricos nos próximos dez anos, no entanto, é necessário formar profissionais qualificados refere o director executivo da Ranbaxy, Malvinder Mohan Singh.

Para se manter na corrida pela liderança global e face ao avanço da globalização e consolidação dos mercados, a Índia terá que aumentar o número de cientistas profissionais competentes e bem treinados, afirmou o director executivo daquele que é o segundo maior laboratório farmacêutico indiano. Malvinder Mohan Singh discursava por ocasião da abertura da Conferência Farmacêutica Nacional indiana, organizada pela Câmara da Indústria e do Comércio que teve inicio esta sexta-feira.

De acordo com o responsável, a estreita colaboração entre a indústria e o mundo académico, tanto a nível nacional como internacional será necessária para manter as tecnologias de ponta e ir ao encontro dos requisitos de crescimento necessários durante a próxima década.

Para Sanjay Bhatia, presidente da Câmara da Indústria e do Comércio, a Índia está a emergir enquanto um destino atractivo, procurado pelas grandes farmacêuticas para estabelecer contractos de serviços de investigação e produção. Para além disso, o país começa a destacar-se como um centro eficaz e rentável para a realização de ensaios clínicos, investigação e desenvolvimento.

O principal desafio, refere Bhatia, coloca-se ao nível das infra-estruturas. “Precisamos de mais simplificação dos procedimentos, das regulações e várias políticas e também incentivos às parcerias entre entidades públicas e privadas”, salientou.

O aumento de falta de mão-de-obra qualificada no país é outro dos problemas que pede uma solução. “Precisamos de pessoas qualificadas para aplicarem conhecimento científico aos processos de produção e pessoas qualificadas para comercializar os produtos, tanto a nível nacional como internacional”, acrescentou Bhatia.

Marta Bilro

Fonte: NewKerala.com, Farmacia.com.pt.

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