Mesmo sabendo que o diagnóstico precoce contribui para a redução da mortalidade, apenas 62,8 por cento das mulheres que recebem a convocatória fazem o rastreio, o que coloca Portugal ao nível da média europeia, avançou Vítor Rodrigues, coordenador nacional do Programa de Rastreio da LPCC. “Estamos infelizmente ao nível da média, e digo infelizmente porque a média é relativamente baixa”, afirmou o responsável em declarações à agência Lusa.
Ainda assim os números já são significativos, uma vez que, de acordo com os estudos europeus, uma taxa de participação nos rastreios de 60 por cento reduz a mortalidade em cerca de um terço.
Não se conhecem os motivos que levam à ausência de duas em cada cinco mulheres nos exames de rastreio, porém, a Liga adianta algumas hipóteses, como o facto de algumas mulheres já terem feito mamografias num médico particular, já se encontrarem em tratamento oncológico ou simplesmente não estarem interessadas em fazê-lo.
Numa tentativa de melhorar a qualidade do exame e de estar ao nível dos padrões publicados pela União Europeia, a LPCC investiu 4 milhões de euros para substituir a tecnologia mamográfica analógica pela digital.
A mamografia passa assim a ser visualizada directamente através do computador, permitindo pôr fim às películas habitualmente utilizadas e armazenar os exames em disco rígido. A principal vantagem do método digital reside no facto de permitir reduzir o número de mulheres que são chamadas a uma consulta clínica. Isto porque o radiologista passa a ter a capacidade de manipular a imagem no computador, diminuindo os casos em que surge uma dúvida e a mulher é chamada ao médico ou a repetir o exame.
O novo sistema vai também possibilitar o aumento do número de mamografias realizadas diariamente, porque a tecnologia digital faz com que o exame seja mais rápido.
Marta Bilro
Fonte: Lusa, Diário Digital, Portugal Diário, Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Sem comentários:
Enviar um comentário