quinta-feira, 21 de junho de 2007

FDA concede revisão prioritária para o ixabepilone da Bristol-Myers Squibb

A farmacêutica Bristol-Myers Squibb anunciou que a agência americana reguladora dos medicamentos, a FDA, concedeu revisão prioritária para o fármaco experimental contra o cancro da mama, a ixabepilona. A revisão prioritária pode reduzir o tempo de aprovação para seis meses, podendo a farmacêutica receber a decisão em Outubro.

A Bristol pretende pretende registar a ixabepilona como uma monoterapia contra o cancro da mama metastizado ou localizado, em estado avançado, para ser utilizado quando outras quimioterapias falham, incluindo o Xeloda (capecitabina), da Roche. Para além disso, também está a ser requerida autorização para tratar a mesma doença, em combinação com o Xeloda, após a falha de outras quimioterapias.

O ixabepilone, análogo da epotilona B, é um dos vários fármacos experimentais da família dos medicamentos para o cancro conhecidos por epotilonas, que bloqueiam o crescimento dos tumores ao ligarem-se à proteína necessária para a divisão das células. Os resultados mostram que a ixabepilona pode ajudar as pacientes com tumores incuráveis a aumentar a sobrevivência, depois de anteriores terapias terem deixado de funcionar.

O estudo da Bristol envolveu 752 mulheres com cancro da mama metastizado, que deixaram de responder a outras terapias. A ixabepilona actua de maneira diferente em relação a todos os outros medicamentos para o cancro, e os resultados do estudo dão confiança à Bristol de que terão em breve outro agente para ajudar a melhorar a sobrevivência no caso do cancro da mama.
De acordo com os resultados apresentados este mês, no congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, a combinação do ixabepilone com a capecitabina prolongou a sobrevivência livre de progressão numa média de 5,8 meses, em comparação com os 4,2 meses nas pacientes em tratamento exclusivamente com capacitabina. A sobrevivência livre de progressão mede o tempo que uma paciente vive sem se verificar crescimento do tumor.

A ixabepilona também está a ser estudado para o tratamento dos cancros do pulmão, rim, ovários, pâncreas, próstata e sistema linfático.

A Bristol planeia ainda a aprovação para mais duas terapias oncológicas, o fármaco vinflunina para o cancro da bexiga e o ipilimumab para o melanoma, no final do próximo ano.

Isabel Marques

Fontes: FirstWord, Bloomberg

2 comentários:

Rui Borges disse...

Bom artigo, mas a tradução deve ser mais cuidade.

A ixabepilona, e não, o ixabepilone.

Isabel disse...

Na altura também me surgiu essa dúvida e procurei uma correspondência em português ,mas não consegui encontrar, pelo que optei por deixar no original. Mas assim já fiquei a saber a forma correcta em português.