terça-feira, 5 de junho de 2007

Fármaco para combater a Malária em negociações para Moçambique

O fármaco Coartem, fabricado e comercializado pela Empresa Farmacêutica Suiça Novartis, poderá estar a caminho de Moçambique para combater a doença em milhões de infectados neste país.

Representantes da Empresa Novartis deslocaram-se, nos últimos dias, a Moçambique para iniciar conversações com as Autoridades Sanitárias com o objectivo de abastecer o mercado moçambicano com Coartem, considerado como o mais eficaz no tratamento contra a Malária, segundo a Revista Científica “The Lancet”.

Este abastecimento poderá ser garantido pelo Global Fund de combate à SIDA, Tuberculose e Malária ou por iniciativa do Presidente Norte-Americano, Geroge W. Bush, contra a Malária.

O Coartem tem como princípio activo a artemisina que se encontra na lista de fármacos recomendados pela Organização Mundial de Saúde para o tratamento da Malária, numa altura onde a resistência aos fármacos que tratam esta doença está a aumentar.

O Director Executivo da Global Fund de combate à SIDA, Tuberculose e Malária, Dr. Richard Feachem, alerta para o reaparecimento da Malária em zonas onde esta estava virtualmente erradicada e afirma que esta doença tornou-se difícil de controlar nas últimas duas décadas.

Dr. Richard Feachem certifica ainda que já existem instrumentos eficazes para controlá-la e para reduzi-la em grupos de risco como crianças menores de 5 anos e grávidas mas que para os pôr em prática é necessária vontade política na forma de programas de controlo e de amplos fundos monetários. É o caso da Global Fund que patrocina desde os fármacos a testes rápidos de diagnóstico.

Só em 2005, em Moçambique, as estimativas apontam para 6.3 milhões de infectados num total de 19 milhões de moçambicanos.

A Malária é transmitida através da picada do mosquito e provoca febres altas, calafrios, anemia e exaustão extrema.

É endémica em países da África, Ásia e Américas Central e do Sul.

Coartem tem uma taxa de sucesso de 95% e 36 países em todo o Mundo já o adoptaram como tratamento de primeira linha contra a Malária.

Marta Ferreira

1 comentário:

ptcp disse...

Bom artigo. Bem estruturado.