terça-feira, 5 de junho de 2007

Portugal lidera lista de países com maior absentismo por doença

De acordo com um estudo levado a cabo pela consultora Mercer, Portugal é o pais europeu, de entre um total de 16, que apresenta a mais alta taxa média de absentismo por doença.
Segundo o estudo, cerca de 20% das empresas inquiridas, referem que em média, cada trabalhador, falta dez dias por ano ao trabalho, por motivos de saúde. A par de Portugal encontra-se a França, onde os números atingem valores semelhantes.
Em Portugal, cerca de metade das empresas proporciona aos seus trabalhadores iniciativas de promoção da saúde, como é o caso de rastreios de doenças, a iniciativa mais popular, contrariamente às consultas de nutricionismo ou aos tratamentos contra o tabagismo, referidos apenas por menos de um terço das empresas.
Cerca de 88% das empresas, considera que estes benefícios contribuem para uma maior produtividade dos trabalhadores. Contudo, cerca de 70% das empresas portuguesas pondera uma redução destes benefícios, como forma de redução de custos, o que se afasta da tendência europeia.
O estudo foi desenvolvido em três áreas geográficas distintas, o Leste, o Norte e o Sul da Europa. As taxas médias de absentismo por doença registadas, apontam que na maioria dos países, o número de dias que cada trabalhador, falta ao trabalho, situa-se abaixo dos dez. Em 12% dos casos, as taxas são superiores a dez dias, entre os quais se encontra Portugal.
O motivo mais apresentado para o absentismo é o stress, ainda que este nem sempre seja levado a sério pelas entidades patronais, já que o seu diagnóstico é complicado e raramente os atestados médicos o referem. As doenças músculo-esqueléticas, são outra das principais causas das faltas por doença, apontadas por um terço das empresas inquiridas, já que estas são doenças físicas, de fácil diagnóstico.
De acordo com a consultora Mercer, os países que apresentam as taxas de absentismo por doença mais significativas, são aqueles onde o valor do subsidio por doença é mais elevado. Em Portugal, o valor da baixa médica paga pelo estado, é de 65% do salário, ao qual, algumas empresa, adicionam ainda um complemento voluntário.

Inês de Matos

Fontes: Diário Económico, Agência Financeira

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