sexta-feira, 20 de julho de 2007

Bial anuncia desenvolvimento de um antipiléptico
Primeiro fármaco de raiz e patente portuguesa


O grupo farmacêutico Bial – Portela & Companhia SA está a preparar a produção do primeiro medicamento de raiz e patente portuguesa, no âmbito de um arrojado plano de expansão da empresa, que quer apostar na diminuição da dependência do mercado nacional, no qual hoje obtém 72 por cento das suas vendas.

Segundo adianta o «Diário de Notícias» na sua edição de hoje, a estratégia da Bial deverá passar por assegurar no estrangeiro a maior parte da sua facturação dentro dos próximos cinco anos, valendo-se, para cumprir aquele objectivo, de um maior alargamento da rede de empresas comerciais do grupo. Ao cabo de 13 anos de investigação, o primeiro medicamento português deverá ser um antiepiléptico, com base no princípio activo eslicarbazepina, estimando-se que deva poder entrar no mercado entre 2009 e 2010. “Os novos produtos resultantes da nossa investigação e desenvolvimento são um dos factores-chave para a nossa entrada em mercados da União Europeia”, declarou José Redondo, administrador do grupo Bial e director da área de internacionalização.
Sobre o novo fármaco, o responsável considerou que “vai dar uma nova dimensão à actividade da Bial”, nomeadamente nos mercados do primeiro mundo, onde hoje a empresa não está ainda presente, a não ser em Portugal, Espanha e Chipre. De acordo com José Redondo, “a eslicarbazepina é uma nova molécula patenteada a nível mundial. Foi estudada em mais de 1 500 doentes, em ensaios clínicos em 23 países. Terminamos agora a fase III dos ensaios clínicos e estamos a preparar a submissão do novo medicamento às autoridades regulamentares”. Depois disso, há as fases de registo do medicamento e de negociação de preço com as autoridades sanitárias de cada país.

Carla Teixeira
Fonte: Diário de Notícias

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