sexta-feira, 20 de julho de 2007

Limitar a actividade da insulina pode ser chave a para a longevidade

Restringir a exposição do cérebro à insulina, mantendo um peso saudável, pode ser o segredo para uma vida mais longa, afirmam cientistas norte-americanos. Um estudo realizado com ratos revelou que reduzir os sinais de insulina no interior das células cerebrais aumenta a esperança média de vida.

A insulina é uma hormona hipoglicemiante segregada pelo pâncreas que ajuda o organismo a regular a utilização de açúcar necessário ao funcionamento das células. De acordo com o estudo publicado pela revista “Science”, um estilo de vida saudável e o baixo peso reduzem os níveis de insulina, podendo, por isso, prolongar a esperança média de vida. A comprovar-se esta descoberta, a insulina será apenas um entre muitos factores, como é o caso dos genes, a influenciar a longevidade.

Investigações anteriores realizadas em minhocas e moscas da fruta indicaram que a redução da actividade da hormona insulina pode aumentar a esperança média de vida. Este novo estudo analisou a actuação da proteína IRS2, responsável pela transmissão dos sinais da insulina ao cérebro. Os especialistas observaram que os roedores que possuíam metade da quantidade normal desta proteína no organismo aumentaram a longevidade em 18 por cento.

Os animais geneticamente modificados conseguiram prolongar a esperança de vida porque o surgimento de doenças letais, como o cancro e os problemas cardiovasculares, estavam a ser adiados devido à redução do sinal de insulina no cérebro e apesar dos níveis de insulina a circular serem elevados, explicaram os cientistas.

Segundo Morris White, director do laboratório de Boston no qual decorreu a pesquisa, a descoberta poderá ajudar a explicar porque é que as dietas equilibradas e o exercício são tão benéficos para o organismo. Os investigadores acreditam que, no futuro, possam ser desenvolvidos medicamentos redutores da actividade da proteína IRS2 que surtam o mesmo efeito, apesar de terem de actuar especificamente ao nível do cérebro.

Marta Bilro

Fonte: Channel4, BBC News, Portal da Saúde.

Sem comentários: