segunda-feira, 9 de julho de 2007

Protectores solares: Comissão Europeia elimina rotulagem enganadora

A chegada do verão e a corrida às praias faz despontar os avisos acerca da crescente incidência de melanomas e da utilização de protectores solares. È por isso que expressões como “protecção total” ou “protecção solar a 100%” vão deixar de constar dos rótulos das embalagens de protectores solares por decisão da Comissão Europeia.

Como parte de uma nova campanha que reforça os alertas e chama a atenção para os perigos da exposição solar excessiva, as expressões que sugiram uma protecção completa contra o sol deixam de poder figurar nas embalagens de protectores solares. De acordo com Meglena Kuneva, Comissária Europeia para a Protecção dos Consumidores este tipo de rotulagem é enganadora e contribui para ocorrência centenas de mortes anualmente.

Os novos padrões definidos por Bruxelas, em cooperação com a indústria do sector, contemplam a inclusão de informações acerca dos níveis de protecção contra os raios UVA e UVB. Isto porque “os consumidores necessitam de informação clara e precisa sobre os produtos de protecção solar para que possam proceder a escolhas informadas”, salientou Kuneva. A Comissão Europeia deverá definir que os protectores solares sejam obrigados a indicar se oferecem uma protecção baixa, média, alta ou muito alta, e que revelem não só o factor de protecção solar contra os raios UVB mas também qual o nível de protecção que oferecem contra os raios UVA.

Actualmente, os números visíveis nas embalagens, que indicam o factor de protecção solar, apenas se referem aos raios UVB, o mais responsável pelas queimaduras solares. Este factor pode criar uma sensação de falsa segurança, considera a comissária europeia, uma vez que esses produtos não protegem contra os raios UVA que, apesar de serem menos aptos a causar queimaduras, podem aumentar o risco de cancro de pele.

“É preciso reforçar a mensagem essencial de que o protector solar é apenas uma entre várias medidas necessárias para uma protecção efectiva contra o sol”, salientou a mesma responsável. “Quando são devidamente utilizados, os protectores solares podem ajudar a prevenir o cancro da pele, mas por si só não são suficientes”, frisou Markos Kyprianou, Comissário de Saúde da União Europeia, acrescentando que deve também ser evitada a exposição ao sol por longos períodos de tempo, permanecendo à sombra nas horas mais perigosas, e promovida a utilização de chapéu e óculos de sol. A uniformização dos rótulos dos produtos deverá estar concluída em 2008.

Marta Bilro

Fonte: Theage.com.au, Medical News Today, Channel4.

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