segunda-feira, 9 de julho de 2007

Uso do preservativo aumenta entre os jovens

A popularidade do preservativo subiu em flecha, nos últimos 50 anos, vencendo mitos e preconceitos, alcançou o estatuto de principal método anticoncepcional usado pelos jovens durante a sua primeira relação sexual.

Um estudo desenvolvido pela Durex Network (organização do fabricante de preservativos que se dedica à pesquisa na área das doenças sexualmente transmissíveis), sobre a primeira relação sexual, revelou que 75% dos 26 mil jovens inquiridos, entre os 16 e os 19 anos, usaram preservativo no seu primeiro contacto sexual.

Os especialistas consideram que o momento da primeira relação sexual é um bom indicador dos cuidados futuros, pois os jovens que tomam a iniciativa de recorrer ao preservativo neste momento, desenvolvem maior consciência da necessidade do uso do preservativo e tendem a usa-lo na sua vida sexual, dai em diante.

O estudo foi desenvolvido em 26 países e mostrou uma realidade positiva. Os gregos são quem mais pratica sexo seguro, já que 88% dos indivíduos inquiridos desta nacionalidade, afirmam ter usado o preservativo logo na primeira experiência. Por outro lado, o estudo revela também que as mulheres são mais cautelosas que os homens no momento do primeiro acto sexual, bem como os universitários.

No que respeita à idade da primeira relação sexual, os austríacos são os mais precoces, iniciando a sua vida sexual em média aos 17,3 anos, logo seguidos dos brasileiros que se iniciam na sexualidade aos 17,4 anos. No extremo oposto encontram-se os malaios, que experimentam a primeira relação sexual entre os 22 a 25 anos e os indianos, entre os 22 e os 24 anos.

De acordo com o estudo, as precauções baixam consideravelmente quando se trata de relações estáveis, registando-se também uma diminuição do uso do preservativo à medida que a idade aumenta, de tal forma que a probabilidade de ser utilizado, na iniciação sexual, por um jovem de hoje é oito vezes superior à de uma de uma pessoa com 65 anos, na mesma situação.

As causas do aumento da popularidade do preservativo são essencialmente de cariz social, apontam os autores do estudo, e passam pela desvalorização cultural da virgindade até ao casamento, bem como pelo maior acesso dos jovens a informação e a métodos contraceptivos.

Inês de Matos

Fonte: Jornal de Noticias

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