sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Sanofi-Aventis processada por assédio sexual

Funcionárias exigem indemnização de 220 milhões de euros

Quatro funcionárias da Sanofi-Aventis US, unidade norte-americana do grupo farmacêutico francês, apresentaram queixa na justiça acusando o grupo de discriminação sexual e assédio. As queixosas exigem o pagamento de uma indemnização no valor de 220 milhões de euros.

Karen Bellifemine, uma representante de vendas da empresa, apresentou, em Março, a primeira queixa contra a empresa. Agora, outras três empregadas do sector das vendas recorrem aos tribunais. A acusação alega que, apesar do seu desempenho profissional, as mulheres foram impedidas de ser promovidas e recebiam pagamentos inferiores aos dos seus colegas de trabalho do sexo masculino.

Há ainda a descrição de situações de assédio sexual por parte dos respectivos chefes, incluindo alguns casos de perseguição por estas terem apresentado queixa junto da direcção. A situação acabou por conduzir ao abandono da empresa por parte de três das funcionárias envolvidas. Karen Bellifemine, que integrava a empresa há mais de 12 anos, alega que a promoção lhe foi negada por duas vezes a atribuída a colegas do sexo masculino. “A empresa não repreende os gerentes e outros empregados quando estes descriminam as colegas do sexo feminino ou criam um local de trabalho hostil face à presença de mulheres”, afirma Bellifemine.

Um porta-voz da Sanofi-Aventis em Paris afirmou que a empresa está confiante de que “a queixa não tem fundamento”, uma vez que “todos os funcionários são tratados da mesma maneira em respeito às leis federais, e de cada Estado, aplicáveis nos EUA”.

A Novartis enfrenta um processo semelhante na justiça norte-americana que envolve 19 funcionárias da empresa. A queixa obteve estatuto de acção colectiva e exige o pagamento de 146 milhões de euros por danos.

Marta Bilro

Fonte: First Word, Forbes, Invertia.

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