terça-feira, 6 de novembro de 2007

Supercomputador Milipeia utilizado em projectos farmacológicos

O supercomputador Milipeia, criado pela Universidade de Coimbra (UC) em 2006, está a ser utilizado na realização de estudos científicos na área da saúde e em projectos ligados à medicina e farmacologia. De acordo com o professor Pedro Vieira Alberto, um dos responsáveis pelo Laboratório de Computação Avançada da UC, alguns destes programas poderão ter implicações directas na vida das pessoas.

Instalado no Laboratório de Computação Avançada da UC, onde foi concebido, através do Milipeia estão a ser desenvolvidos projectos que trabalham na simulação de proteínas, cujos estudos poderão, no futuro, ajudar à descoberta de fármacos para a cura da doença de Alzheimer ou da doença dos pezinhos, revelou o investigador Pedro Alberto, em declarações à agência Lusa.

Um dos projectos de destaque a ser auxiliado pelo supercomputador é o estudo da tomografia por emissão de positrões, já utilizada em Portugal para observar processos dinâmicos de algumas doenças, com vista ao desenvolvimento e evolução desta técnica imagiológica de aplicação clínica.

“São sistemas muito complexos, com milhares de partículas em interacção, que necessitam de muitas horas de cálculo científico”, explicou o responsável, acrescentando que “sem um sistema de cálculo desta dimensão não seria possível executar muitos destes projectos”.

Com 520 processadores, o Milipeia é o mais poderoso sistema computacional destinado a cálculo científico existente em Portugal. Disponibilizando cerca de 3,5 milhões de horas de cálculo, o supercomputador está desde Outubro ao serviço de 34 projectos científicos de sete universidades e centros de investigação portugueses.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa.

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