quinta-feira, 19 de julho de 2007

Estudo comparou eficácia no tratamento do cancro colorrectal
Quimioterapia combinada ou sequencial?

A quimioterapia sequencial não é menos válida do que a quimioterapia combinada no tratamento do cancro do cólon e do recto. Uma investigação levada a cabo por investigadores do Grupo Holandês do Cancro do Cólon e Recto com vista a fazer a comparação entre as duas terapias, e tentar perceber qual a mais eficaz em termos de toxicidade, custos e taxa de sobrevivência dos pacientes, concluiu que não há diferenças significativas entre as duas.

De acordo com os resultados do estudo, divulgados na edição deste mês do jornal médico-científico «The Lancet», os cientistas aferiram que, “para os pacientes com cancro do cólon e recto avançado, o tratamento combinado com todas as drogas citotoxicas efectivas não é melhor do que a utilização sequencial”. Isto deve-se, à luz da mesma pesquisa, ao facto de a progressão da sobrevivência em todas as linhas de tratamento consequentes não ter sido significativamente diferente entre os dois grupos analisados no estudo agora divulgado.
Para estudar uma doença que é anualmente diagnosticada em cerca de um milhão de pessoas, 45 por cento das quais se encontram já em estádios muito avançados da doença, os investigadores acompanharam 805 doentes, que dividiram em dois grupos: o primeiro grupo foi submetido ao tratamento por quimioterapia combinada, enquanto o segundo grupo utilizou os fármacos segundo o método sequencial. No primeiro grupo o tratamento de primeira linha teve por base a administração de capecitabina e irinotecan e o de segunda linha associou capecitabina e oxaliplatina. No segundo grupo foi administrado aos doentes capecitabina no tratamento de primeira linha, irinotecan na segunda linha e oxaliplatina na terceira.
Do total de 805 pacientes que iniciaram o estudo 675 (84 por cento) morreram no período da sua realização (339 no grupo da quimioterapia combinada, 336 no outro grupo). A taxa de sobrevivência também não diferiu muito entre os dois grupos de doentes, oscilando entre os 17,4 meses nos voluntários submetidos ao tratamento combinado e os 16,3 meses nos doentes que seguiram o tratamento farmacológico sequencial.

Carla Teixeira
Fonte: TV Ciência

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