segunda-feira, 11 de junho de 2007

Carmona Rodrigues justifica que Lisboa perdeu IPO por não ter terrreno disponível

O ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues, reconheceu hoje que Lisboa perdeu o Instituto Português de Oncologia (IPO) porque não tem terreno disponível, defendendo a permanência daquela unidade de saúde nas actuais instalações.

Carmona Rodrigues contou que quando foi contactado pelo ministro da Saúde a propósito deste e de outros projectos, como o Hospital de Todos-os-Santos, pediu aos serviços de planeamento da cidade para ver a possibilidade de arranjar terrenos com a capacidade que lhe foi manifestada pelo Ministério da Saúde.

«Estamos a falar de terrenos com cerca de sete hectares. Como deve imaginar não é fácil arranjar num município como Lisboa sete hectares de terreno disponíveis para uma construção», referiu.

Carmona Rodrigues explicou que foi essa razão que fez com que não tivesse havido um entendimento na altura.
Defende ainda que «o IPO, tal como está, é o melhor local possível».
«Falta se calhar, perante a opinião pública, justificar muito bem porque é que o IPO eventualmente terá de sair dali», afirmou.

O candidato à C. M. Lisboa adiantou que há muitos projectos de remodelação das instalações actuais que se fossem realizados permitiram que o IPO permanecesse no mesmo local.
«São obras que precisam de algum investimento, mas parecia-me que, se assim fosse, seria muito mais económico e muito mais desejável que o IPO se mantivesse onde está» em vez de ser transferido para Oeiras, acrescentou.

Posição contrária tem o presidente do Conselho de Administração do IPO, Ricardo da Luz que defendeu, em declarações ao Rádio Clube Português, a construção de um novo edifício.
Ricardo da Luz justificou que nas actuais instalações, os edifícios mais antigos, têm cerca de 80 anos, outros cerca de 60, e foram construídos numa época em que a actividade oncológica era uma actividade muito asilar e cirúrgica.

«Hoje a oncologia é algo de completamente diferente em que a grande maioria não é uma actividade asilar, nem de internamento. É uma actividade ambulatória e estas instalações não estão vocacionadas para esse tipo de trabalho», constatou.

Nuno Oliveira Jorge

Fonte: Lusa

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