Os cientistas estão muito satisfeitos com a importante descoberta, que poderá contribuir para actuar na prevenção, uma vez que não há nenhum medicamento que tenha efeitos significativos na doença, embora haja alguns que provocam impacto quando aplicados em fase inicial.
Depois de ter sido divulgado um estudo da Universidade de Johns Hopknins, que prevê que em 2050 o número de doentes de Alzheimer deverá atingir os 100 milhões em todo o mundo, a detecção precoce parece ser uma medida cada vez mais urgente.
Uma equipa de cientistas da DiaGenic, uma empresa de biotecnologia sedeada em Oslo, detectou um conjunto de 96 genes que têm uma aparência diferente no sangue dos doentes de Alzheimer. O estudo, que envolveu mais de 100 pessoas idosas, diagnosticou a doença com precisão em 85 por cento das vezes. A equipa liderada por Anders Lonneborg, identificou genes relacionados com o sistema imunitário, com inflamações e com a divisão de células. A empresa já solicitou às entidades reguladoras norte-americanas e europeias a aprovação do teste, afirmou o responsável durante uma reunião da Associação de Alzheimer, em Washington.
Christos Davatzikos e um grupo de colegas da Universidade da Pensilvânia utilizaram uma combinação de exames de Tomografia Axial Computorizada (TAC) e ressonância magnética para diagnosticar a doença. As TAC’s podem ser utilizadas para medir o fluzo sanguíneo em tempo real, enquanto que as ressonâncias magnéticas permitem mostrar claramente o tamanho e forma de estruturas físicas no cérebro.
Através deste método foram detectados 15 casos de debilidade cognitiva moderada, uma das primeiras fases da doença de Alzheimer, e eliminados 15 voluntários saudáveis. “Este padrão anormal de estrutura cerebral e fluxo sanguíneo detectou não apenas esta debilidade cognitiva moderada mas também um estado anterior…quando os pacientes ainda eram clinicamente saudáveis”, explicou Davatzikos.
Marta Bilro
Fonte: The Boston Globe, The Gazette
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