segunda-feira, 11 de junho de 2007

Farmácias: mudança traz novas exigências

Novo cenário exige nova atitude dos farmacêuticos
A Farmácia deixou de ser a única plataforma entre medicamentos e população – a iminência da abertura da propriedade de farmácia a outros que não farmacêuticos de formação e profissão, a desregulamentação da venda de medicamentos não sujeitos a receita médica – são alguns dos meios que se interpuseram. Para a ANF, este é “um desafio que importa vencer”.

Os sinais de que a via é pela lei liberalizadora, só podem apontar um novo caminho ao sector: adaptação.
“Que as regras estão a mudar é indiscutível. As políticas já concretizadas, as planeadas e as anunciadas apontam para novos rumos, novas exigências a que a farmácia tem de se adaptar e às quais tem de saber responder com eficácia e eficiência”, sublinhou a Associação Nacional dasFarmácias (ANF).
“Fomentar o espírito de equipa é essencial para a sustentabilidade da farmácia, enquanto empresa e enquanto unidade prestadora de cuidados de saúde. Para passar da farmácia da tradição à farmácia da modernidade”, defendeu a associação.
Um novo cenário que, na opinião da ANF, exige dos farmacêuticos uma nova atitude: “Ainda mais activa, mais dinâmica, mais empreendedora”, reforçando que “há desafios que importam enfrentar e vencer.”
Os representantes do sector farmacêutico, encaram, assim, a desregulamentação da venda de medicamentos não sujeitos a receita médica “não como um obstáculo, não como um revés, mas como uma oportunidade de reforçar a intervenção farmacêutica”, reforçando que “há que fazer a transição entre a farmácia da tradição e a farmácia da modernidade."
De farmacêutico a gestor
Transição essa que, para a ANF, "não pode ser alheia uma nova atitude na gestão da farmácia e na gestão dos recursos humanos", defendendo, deste modo, que "há que olhar para a farmácia como uma pequena e média empresa como outra qualquer."
Segundo a Associação Nacional das Farmácias, há ainda uma marca que pode fazer a diferença: "O director técnico deve abandonar a postura de que é apenas, ou acima de tudo, farmacêutico, e entrar no papel de gestor", frisou, concretizando que "trata-se de transpor para a farmácia a filosofia que está subjacente a um qualquer negócio: antes de mais, impõe-se uma visão - um conjunto de valores e princípios que irão orientar a actividade da farmácia."
A gestão dos recursos humanos, "assente na partilha de regras, valores e princípios" é o passo apontado pela ANF para "uma das pontes mais sólidas."

Raquel Pacheco
Fonte: ANF/Farmácia Portuguesa

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