Em Portugal, por dia, morre uma mulher com o cancro do colo do útero. No mundo, o vírus do papiloma humano é responsável por uma morte a cada dois minutos.
A Direcção-Geral de Saúde (DGS) reconheceu que o estudo do vírus do papiloma humano (VPH) é “complicado” e que esta é a doença “com mais dificuldade em detectar, porque não é linear, podendo progredir ou regredir.”
Neste sentido, a subdirectora-geral de Saúde, Graças Freitas, sublinhou que, em parceria com a Comissão Técnica de Vacinação (CTV), “as reuniões de rotina para avaliar as estratégias sobre o risco/benefício da vacinação contra o vírus continuam em curso.”
Contudo, a subdirectora-geral da Saúde não deixou de clarificar que o trabalho que está a ser feito “nada tem a ver com a comparticipação que é ou não dada às vacinas.” Aliás, como é sabido, a comparticipação de uma vacina é requerida pela empresa que a comercializa, que tem de apresentar um estudo à Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), que pode recomendar a sua comparticipação ao ministro da Saúde, a quem cabe a decisão final.
A preocupação da DGS é outra: “Preocupamo-nos com o impacto da vacina na Saúde Pública, porque a vacina tem impacto no sistema imunitário da pessoa vacinada, na dinâmica dos microorganismos e também em todo o ambiente”, sustentou Graça Freitas, reiterando que “as reuniões vão continuar até ter dados para, com alguma evidência científica, propormos um dia ao senhor ministro da Saúde estratégias em relação à vacinação.”
De referir que, actualmente, a vacina está disponível desde o início do ano no mercado – como um acto individual - podendo ser comprada e tomada por cada utente, em três doses, e pelo preço de 480 euros.
Segundo conseguiu confirmar o farmacia.com.pt, dois estudos de custo-efectividade da vacina estão a ser alvo de análise pelo Infarmed. Recorde-se que, em Abril, o PS rejeitou no Parlamento um projecto de resolução do Partido Ecologista «Os Verdes» que recomendava ao Governo a inclusão da vacina contra o VPH no Programa Nacional de Vacinação.
Raquel Pacheco
Fontes: Fábrica de Conteúdos/Lusa/DGS/Infarmed
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