quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Stress na gravidez aumenta hipóteses de ter meninas

Estudo constatou que probabilidade aumentou 5% face a “ansiedade” maternal

"O stress durante a gravidez é um provável candidato envolvido na redução da relação entre os sexos observada em diversos países", afirmam os investigadores da Universidade de Aarhus, Dinamarca, no estudo publicado na revista médica «Human Reproduction».

De acordo com a investigação – que envolveu exames a 8.719 mulheres e mais de seis mil bebés entre 1989 e 1992 – “o stress durante os primeiros meses de gravidez pode reduzir a probabilidade de ter meninos”. Uma descoberta que, segundo os cientistas dinamarqueses salientaram, não se fica pelo “stress psicológico acentuado”, mas também, níveis “moderados e até comuns.”

Deste modo, o estudo permitiu constatar que as grávidas mais “nervosas” podiam ter até 5% mais de hipóteses de ter meninas: “As mulheres mais stressadas deram à luz 47% de meninos, enquanto as menos stressadas tiveram 52% de meninos”, revelaram os cientistas, ressalvando, contudo, não ter sido possível explicar como este factor pode influenciar na determinação do sexo dos filhos, “uma vez que, é sabido que o género dos bebés é ditado pelos cromossomas contidos no esperma paterno.”

No entanto, os investigadores dinamarqueses realçaram outro facto: “Existem suspeitas de que altos níveis hormonais do stress dificultem a fixação de embriões masculinos – levando a um maior número de abortos espontâneos de meninos.”

Sexos à parte, referira-se que, outros estudos sugerem que o stress, ansiedade ou nervosismo durante a gestação podem potenciar futuros problemas de saúde da criança, nomeadamente, hipertensão, obesidade e diabetes.

Raquel Pacheco
Fontes: BBC/«Human Reproduction»

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