segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Cancro da mama: IPO-Porto aposta no bem-estar dos pacientes

Clínica de Mama concentra todos os meios de diagnóstico e tratamento

O IPO do Porto está empenhado em apostar no bem-estar dos pacientes com cancro da mama. Para dar forma a este objectivo é amanhã inaugurada a nova unidade daquela estrutura, um espaço único no qual convergem todos os meios técnicos e humanos para o diagnóstico, tratamento e seguimento das pacientes.

Uma das principais mudanças inerentes á criação da Clínica de Mama do IPO-Porto é a atenção que recai sobre o doente. "O Instituto Português de Oncologia do Porto já tratava bem o cancro da mama. Com esta alteração, iremos tratar bem o cancro da mama e a paciente com cancro da mama", afirmou o coordenador do espaço, Joaquim Abreu de Sousa, citado pelo jornal Expresso. Os pacientes tornam-se, assim, no centro de toda a actividade assistencial.

A concentração, num mesmo local, de todos os meios técnicos e humanos necessários ao diagnóstico, tratamento, seguimento e aconselhamento evita aos pacientes o incómodo de percorrer vários espaços para realizar exames ou consultas com diferentes especialistas.

Conforme explicou Abreu de Sousa em declarações àquele semanário, até este momento, a organização da actividade assistencial, centrada nas várias especialidades de oncologia, obrigava o paciente a ir ao seu encontro. “A nova clínica de mama será um espaço de interacção das diferentes especialidades [Cirurgia, Radioterapia, Oncologia Médica, Imagiologia, Psico-Oncologia, Anatomia Patológica, etc.], mas também um espaço de maior conforto para as pacientes”, salientou.

O ambiente foi pensado para promover a “interacção com o paciente”, tendo em vista a “humanização” e “dignidade” no tratamento das mulheres. "Procurámos que a clínica saísse dos padrões habituais. Até o próprio mobiliário foi pensado em função disso. Os cantos das mesas, por exemplo, são redondos e não quadrados, eliminando a separação entre médico e paciente", referiu o clínico, especialista em Oncologia Cirúrgica.

A rapidez no diagnóstico é outra das apostas da nova clínica. “Na maioria das situações poderá ser feito no próprio dia. Isso é inovador”, afirmou Abreu de Sousa. No total, foram investidos perto de 1,5 milhões de euros [financiados a 50% pelo Programa Operacional da Saúde - Saúde XXI].

Todos os anos são diagnosticados em Portugal cerca de 4500 novos casos de cancro da mama, dos quais 75 por cento são tratados com sucesso. Em 2006, a unidade de cancro da mama do IPO-Porto efectuou perto de 22.000 consultas e tratou cerca de 900 novos casos.

Marta Bilro

Fonte: Expresso.

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