segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Liga Portuguesa Contra o Cancro apresenta programa de rastreio digital

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) apresenta esta terça-feira o novo programa de rastreio contra o cancro da mama, que vai este ano pela primeira vez, passar a estar integralmente servido por máquinas de mamografia digital. O evento terá lugar pelas 11 horas, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e contará com a presença do ministro da Saúde, Correia de Campos.

Em comunicado, a liga faz saber que este era um esforço antigo, “agora chegado ao fim, de substituição da mamografia analógica pela digital”, pois Portugal “passa agora a dispor de uma infra-estrutura tecnologicamente moderna e eficaz que vai salvar milhares de vidas”.

Em Portugal morrem todos os dias 4 a 5 mulheres com cancro da mama e surgem 11 novos casos, “mas 80 a 90 por cento dos tumores seriam curáveis se detectados precocemente”. A solução está nos rastreios de qualidade, que garantam eficácia.

O investimento na digitalização das mamografias rondou os 4 milhões de euros e foi financiado por organismos públicos e donativos particulares.

A apresentação pública do novo programa de rastreio digital contará com a presença e intervenção de responsáveis ligados ao programa, para além do Ministro da Saúde, que procederão à apresentação dos dados e objectivos do programa.

O Programa Nacional de Rastreio de Cancro da Mama existe desde 1986, tendo vindo a ser enquadrado nos Planos Oncológicos Nacionais e no actual Plano Nacional de Saúde. O programa abrange uma vasta área do território nacional, com recurso a unidades de rastreio móveis e fixas.

As unidades de rastreio móveis são muitas vezes a única hipótese que as mulheres residentes em locais isolados do Interior Norte e Sul do país, têm de realizar um rastreio ao cancro da mama. Estas unidades realizaram já mais de 1 milhão de mamografias e cerca de 400 mil mulheres, em idade rastreável (45-69 anos), foram já incluídas nos programas de rastreio de cancro da mama.

Inês de Matos

Fonte: Comunicado da Liga Portuguesa Contra o Cancro

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