sexta-feira, 6 de julho de 2007

GlaxoSmithKline perto da vacina para a dengue

A farmacêutica GlaxoSmithKline deverá estar a um passo de desenvolver a primeira vacina contra a dengue, revela um relatório recentemente divulgado. Esta infecção causada por arbovírus aparece esporadicamente em Portugal, no entanto, alguns países nos trópicos e subtrópicos enfrentam, frequentemente, surtos graves da doença.

De acordo com Jean Stephenne, presidente da GlaxoSmithKline Biologicals, os ensaios clínicos de Fase II deverão começar na Tailândia, no início do próximo ano, e envolvem mais de 3.000 pessoas. “Temos estado a trabalhar na vacina da dengue em conjunto com o Exército dos Estados Unidos da América há cerca de 10 anos”, afirmou o responsável em declarações ao The Straits Times.

De acordo com Stephenne, durante a primeira parte do processo, a vacina foi testada em 200 pessoas nos EUA, tendo demonstrado segurança e eficácia. Logo que os ensaios de Fase II sejam concluídos, a substância deverá passar à última fase de ensaios clínicos, de modo a testar a sua eficácia em outras partes do mundo, incluindo Singapura que, desde o inicio do ano já registou 3.597 casos da doença, três dos quais acabaram por ser fatais.

“Temos que comprovar que a vacina será segura para todos, o que significa que o seja tanto em crianças como adultos”, referiu Spethenne, salientando que deverão ser gastos entre 368 e 736 milhões de euros nos procedimentos de pesquisa e desenvolvimento. A farmacêutica britânica acredita que a vacina poderá estar disponível no mercado dentro de cinco anos.

Transmitida por mosquitos, a dengue manifesta-se por febre, inflamação dos gânglios linfáticos e hemorragia. Causa dores articulares e musculares intensas, pelo que recebe o nome de febre «quebra-ossos», podendo ser mortal. Costuma afectar crianças com menos de 10 anos e, nos anos seguintes, são frequentes as infecções recorrentes por diferentes tipos de vírus. O mosquito Aedes aegypti é o principal vector da doença que não é transmissível de pessoa a pessoa.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, Manual Merck

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