segunda-feira, 25 de junho de 2007

Resilez recebe parecer positivo de comité europeu

O comité europeu para produtos medicinais para o uso humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMEA) emitiu um parecer positivo que recomenda a aprovação do Rasilez (aliskiren), um fármaco da Novartis destinado ao tratamento da hipertensão. A farmacêutica suíça espera que as vendas do medicamento gerem, anualmente, cerca de 743 milhões de euros.

Caso seja aprovado, o Rasilez, o primeiro do grupo dos inibidores de renina, será o único tipo de tratamento hipertensor a ser colocando no mercado em mais de dez anos. Por norma, o parecer do CHMP é seguido pela Comissão Europeia, que deverá tomar uma decisão no espaço de três meses.

A opinião baseou-se em 44 estudos clínicos que envolveram mais de 7.800 pacientes e demonstraram que o Resilez actuava de forma eficaz na redução da pressão sanguínea durante 24 horas e, nalguns casos, durante mais tempo, avançou a Novartis. O laboratório salientou também que a eficácia do tratamento aumentava, sempre que o medicamento era administrado em conjunto com outras terapias anti-hipertensão.

O Resilez, comercializado nos Estados Unidos da América como Tekturna, foi aprovado em Março pela Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration - FDA). O medicamento foi desenvolvido em parceria com a Speedel AG, uma empresa farmacêutica suíça de pequenas dimensões e vai permitir à Novartis continuar a rechear o seu portfolio de anti-hipertensores, uma lista liderada pelo Diovan (Valsartan), o fármaco da empresa com maior número de vendas, mas cuja patente deverá expirar em 2012.

Num outro relatório, o comité da EMEA anunciou ainda uma recomendação para a autorização de comercialização do Bioncrit, um fármaco da Sandoz, filial da Novartis, para o tratamento da anemia. A substância está a ser recomendada no tratamento da anemia associada a doença renal crónica e em doentes oncológicos.

Marta Bilro

Fonte: First World, Euro2day, Morning Star, Novartis.