segunda-feira, 25 de junho de 2007

Testosterona: chave da longevidade masculina

Baixos níveis podem aumentar probabilidade de morte

Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, revelou que os baixos níveis de testosterona podem aumentar a probabilidade de morte entre homens acima dos 50 anos.

A investigação - que analisou 800 participantes entre 50 e 91 anos - estima que, os que têm baixas doses da hormona masculina têm mais 33% de hipóteses de morrer num período de 18 anos, do que, os que apresentaram os níveis normais.

O estudo, com um universo de 800 indivíduos entre os 50 e os 91 anos, mostra que homens com baixos níveis de testosterona têm mais 33% de hipóteses de morrer, num período de 18 anos, quando comparados com indivíduos com níveis normais da hormona masculina.

Segundo os investigadores, 29% dos participantes registaram níveis baixos de testosterona, hormona responsável pelo desenvolvimento das características masculinas e com significativa influência na libido.

Durante um encontro na The Endocrine Society, (onde o estudo foi apresentado), os cientistas explicaram que “a quantidade da hormona normalmente diminui com a idade, mas que um estilo de vida saudável pode ajudar a manter a testosterona em níveis altos e aumentar a longevidade.”

Ainda de acordo com o estudo, homens que apresentem factores de risco, como doenças cardiovasculares e diabetes, têm três vezes mais hipóteses de manifestar deficits na produção da hormona.

Factores de risco
Os factores de risco foram classificados pelos investigadores como "síndrome do metabolismo" e incluem obesidade, níveis elevados de colesterol, hipertensão arterial e hiperglicemia.

Na opinião da investigadora que coordenou a pesquisa, Gail Laughlin, este estudo sugere que "a associação entre os níveis de testosterona e índices de mortalidade não se deve apenas a uma determinada doença", concluindo que "a quantidade da hormona pode ser influenciada pelo estilo de vida e aumentada com diminuição da obesidade."

Richard Sharpe, da MCR Human Reproductive Sciences Unit, de Edimburgo, explicou que "ser obeso diminui o nível de testosterona o que, por sua vez, provoca a obesidade. É um ciclo vicioso", aconselhando, por isso, que "em vez de suplementos, deve-se mudar o estilo de vida, manter o corpo em forma e aproveitar o máximo da testosterona."


Tostran
Recorde-se ainda que, segundo noticiou, este mês, o FARMACIA.COM.PT, foi lançado no mercado britânico um gel (composto por testosterona sintética) destinado a suavizar os sintomas da andropausa, ou “menopausa masculina”. O fármaco chama-se Tostran, e é dirigido aos homens na faixa etária dos 40 anos que sofram de hipogonadismo, uma patologia que provoca calvície, obesidade, letargia, irritabilidade, reduz a libido e propicia a disfunção eréctil.

Raquel Pacheco

Fonte: BBC/Diário dos Açores

1 comentário:

RP disse...

Obrigada pelo reparo.