quinta-feira, 26 de julho de 2007

Afinal as antenas de comunicações moveis não são nocivas para a saúde

As antenas de comunicações moveis não são prejudiciais para a saúde, pelo menos a curto prazo. Esta é a conclusão de um estudo desenvolvido ao longo de três anos, por um grupo de investigadores da Universidade de Essex, no Reino Unido, que observou os sintomas apresentados por 148 indivíduos participantes na investigação.

A polémica acerca dos efeitos negativos que hipoteticamente as antenas de comunicações moveis provocam na saúde dos indivíduos expostos às suas radiações vem de longe, dai que para a realização deste estudo tenha sido propositadamente criado um laboratório especifico, de forma a conseguir resultados mais precisos e valiosos.

Dos indivíduos em análise, 44 afirmaram já ter experimentado sintomas como ansiedade, tensão e cansaço derivados de radiações de antenas de comunicações moveis, enquanto que os outros 114 indivíduos nunca tinham apresentado quaisquer efeitos.

Os participantes no estudo foram submetidos a vários testes, com a antena ligada e desligada, tendo em alguns casos sido dado a conhecer aos indivíduos o facto de a antena estar ou não desligada, de forma a comparar os resultados apresentados quando os eles estavam conscientes do funcionamento da antena, com os resultados obtidos nos períodos em que desconheciam se a antena estava ligada ou desligada.

A conclusão final do estudo revelou que não foram encontradas quaisquer alterações significativas em parâmetros como o batimento cardíaco ou pressão sanguínea nos indivíduos, quer a antena estivesse ligada ou desligada. Apenas o primeiro grupo apresentou algumas mudanças nos parâmetros, quando exposto a sinais provenientes antenas 3G, apesar de ninguém ter referido sintomas.

Os baixos níveis de bem-estar e os maiores sintomas revelados quando a antena estava ligada, caracterizam as pessoas do primeiro grupo que se revelam mais sensíveis do que as restante. Contudo, quando não sabiam se a antena estava ligada ou não, os sintomas foram inconstantes, dai que os investigadores considerem que estes não estavam relacionados com o facto de a antena estar desligada ou ligada.

Deste modo, a conclusão dos investigadores revelou que estes sintomas não estão directamente relacionados com as antenas. Na opinião de Elaine Fox, uma das responsáveis pela experiência, ficou claro que “as pessoas mais sensíveis sofrem sintomas reais e às vezes têm uma qualidade de vida pobre, mas agora é importante determinar que outros factores podem causar estes sintomas».

No seguimento da mesma linha de investigação, o grupo irá agora iniciar a observação dos efeitos a curto prazo na saúde de quem está exposto às antenas de comunicações móveis por rádio Tetra, utilizadas pelos sistemas de comunicação dos serviços.

Inês de Matos

Fonte: Sol

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