Esta investigação, que envolveu a participação de 2.434 doentes, tinha sido interrompida na altura em que o fármaco foi retirado do mercado, em Setembro de 2004 e pretendia analisar a acção do Vioxx na redução da reincidência de cancro do cólon após a cirurgia ou o tratamento com quimioterapia. Os resultados indicam que o Vioxx “está associado a um aumento de episódios cardiovasculares adversos entre os pacientes que foram submetidos ao tratamento, em média, durante 7,4 meses”. A Merck, responsável pela produção do medicamento, refere que os riscos cardiovasculares ocorrem apenas em pacientes que tomaram o medicamento durante mais de 18 meses.
A farmacêutica alega que o estudo é apenas uma pequena parte da história relativa ao Vioxx que está longe de ser conclusiva. Apesar dos resultados, os responsáveis pela investigação admitem que a duração abreviada limitou o estudo, assim como o número relativamente reduzido de incidentes cardíacos registados – 15 no grupo do Vioxx e 6 no grupo que usou placebo.
Kent Jarrell, porta-voz da Merck, considera que o estudo "não deve ser interpretado fora do contexto". De acordo com o responsável, "é muito difícil tirar conclusões significativas do pequeno número de eventos cardiovasculares nesta pesquisa, porque ela foi concluída prematuramente".
A empresa enfrenta actualmente mais de 27 mil processos judiciais em tribunais norte-americanos relativos a pacientes que alegam ter sido prejudicados pela utilização do medicamento.
Marta Bilro
Fonte: Reuters, First Word.
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