sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Orencia chega ao Brasil em Setembro

Medicamento da Bristol para a artrite reumatóide inaugura nova classe de fármacos biológicos para doenças auto-imunes

É o primeiro produto biológico desenvolvido nos laboratórios da farmacêutica Bristol-Myers Squibb Pharmaceuticals Limited e está a ser comercializado no mercado norte-americano desde Março de 2006. Ao Brasil – o medicamento indicado para a terapêutica da artrite reumatóide – chega já em Setembro.

O Orencia (abatacepte) foi, recentemente, aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de vigilância Sanitária), no Brasil, e é o primeiro de uma nova linha de medicamentos biológicos para doenças auto-imunes - doenças decorrentes de desequilíbrios no sistema imunológico do organismo humano.

De acordo com o portal SEGS, durante o período de experimentação do fármaco, o Brasil terá participado “activamente.” E embora em menor número que nos Estados Unidos, os protocolos clínicos (fase de ensaios em humanos) registaram, também, uma adesão “significativa” de doentes.

O Orencia marca a diferença entre outros medicamentos disponíveis, porque representa uma evolução no tratamento, ou seja, na forma de actuar, “pela melhor combinação de eficácia e segurança”, assegura a Bristol.

Trata-se de uma proteína de fusão que modula a co-estimulação dos linfóticos T, responsáveis pelo desencadeamento do processo inflamatório que caracteriza a artrite reumatóide. O medicamento consegue neutralizar estas células modulando, selectivamente, um dos sinais de activação da inflamação associada à doença, interrompendo este processo.

Portugal: doença afecta 100 mil
A artrite reumatóide é uma inflamação das articulações, que provoca a alteração das estruturas ósseas e das cartilagens. A etiologia é desconhecida, mas sabe-se que afecta a mulher duas vezes mais que o homem. Segundo os dados da Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR), em Portugal, a doença afecta cerca de 100 mil pessoas. No Brasil, atinge quase 2 milhões.

Nos últimos 15 anos, o tratamento evoluiu significativamente, em consequência da avaliação da actividade inflamatória, do conhecimento dos factores de pior prognóstico, do uso precoce de fármacos anti-reumáticos de acção lenta, do aparecimento de terapêutica combinada e, mais recentemente, da terapêutica biológica.

Raquel Pacheco
Fontes: SEGS/Manual Merk/ANDAR/site Pfizer

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