Ambos os estudos, apresentados durante o encontro da Sociedade Neurológica Europeia, que decorreu na Grécia, foram conduzidos pelo Grupo de Ciência do Coma da Universidade de Liége, na Bélgica sob a responsabilidade do médico Steven Laurens. Numa das investigações, os especialistas estudaram mais de 100 pacientes, aos quais tinha sido diagnosticado o “estado vegetativo”, a “consciência mínima” ou que estavam “em condição incerta”.
Os pacientes foram examinados e avaliados de acordo com uma nova escala de recuperação de coma e os resultados demonstraram que 40 por cento dos doentes aos quais foi diagnosticado o estado vegetativo registavam níveis mínimos de consciência. Os investigadores constataram ainda que 10 por cento desses pacientes tinham capacidade para comunicar.
No outro estudo, que envolveu 356 paciente diagnosticados com o estado vegetativo, as conclusões demonstraram que cerca de metade conseguiram recuperar uma parte da consciência, e mais de um quarto dos doentes readquiriu uma boa parte das faculdades mentais, com capacidade para comunicar e obedecer às orientações dos médicos.
O estado vegetativo é uma situação clínica de completa ausência da consciência de si e do ambiente circundante, com ciclos de sono-vigília e preservação completa ou parcial das funções hipotalâmicas e do tronco cerebral”, refere um relatório do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. O paciente em estado vegetativo, embora esteja de olhos aberto, não tem consciência do que se passa à sua volta.
Marta Bilro
Fonte: News Medical, G1 Globo.
1 comentário:
Muito bom.
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