sexta-feira, 22 de junho de 2007

Continua a especulação sobre uma possível aquisição da Bristol-Myers Squibb

Os analistas continuam a especular que a Bristol-Myers Squibb pode ser alvo de uma aquisição, após a decisão do tribunal norte-americano ter revalidado a patente do Plavix, que a farmacêutica comercializa, nos Estados Unidos, em parceria com a Sanofi-Aventis. Para além da Sanofi, outros nomes surgiram como potenciais interessados em adquirir a Bristol, incluindo a Pfizer, a AstraZeneca e a GlaxoSmithKline. O analista da AG Edwards, Joseph Tooley, explicou que a decisão do tribunal torna a Bristol num candidato mais apelativo para uma fusão do que anteriormente.

George Grofik, analista da Citigroup, sugeriu que a Sanofi-Aventis, que referiu ter terminado as negociações para adquirir a Bristol em Fevereiro, poderia usar a aquisição para aumentar a presença no mercado norte-americano e expandir a linha de produtos partilhados pelas farmacêuticas, no que diz respeito à diabetes, cancro e saúde mental. O analista comentou ainda que a recente decisão da FDA ao declinar à Sanofi-Aventis a aprovação do medicamento para o tratamento da obesidade, o Zimulti, pode impulsionar a intenção de uma aquisição.

Grofik acrescentou ainda que a incerteza que rodeia o tratamento da GlaxoSmithKline para a diabetes com o Avandia pode proporcionar o interesse da farmacêutica britânica em procurar uma fusão com a Bristol-Myers Squibb. Outra analista, Catherine Arnold, da Credit Suisse Group, também sublinhou que um negócio deste género não só iria permitir que a Glaxo tivesse acesso ao Plavix, como iria preencher as lacunas no seu portfolio, no que se refere a três terapias principais, em oncologia, doenças cardiovasculares e auto-imunes. Grofik referiu ainda que a Pfizer poderia estar interessada na Bristol para diminuir o impacto da expiração da patente do Lipitor em 2011.

Segundo os analistas, os desenvolvimentos desta semana favoráveis à Bristol podem ajudar a impulsionar o interesse entre os compradores. A Bristol-Myers conseguiu tambám uma revisão prioritária da FDA para o fármaco experimental ixabepilona, para o tratamento do cancro da mama metastizado. Na semana passada, a Bristol terminou os dois anos de suspensão, devido a um escândalo de contabilidade, permitindo à farmacêutica operar sem supervisão federal pela primeira vez, desde o acordo com um advogado norte-americano, em Nova Jersey.

Isabel Marques

Fontes: FirstWord, Bloomberg, BusinessWeek

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