Técnica testada por cirurgiã-dentista brasileira mostrou-se eficaz
O tratamento a laser com dióxido de carbono (CO2) diminuiu substancialmente a halitose ou mau hálito, principal queixa dos pacientes com amigdalite crónica.
A técnica foi testada pela cirurgiã-dentista, Ana Cristina Teixeira, em doentes do Hospital das Clínicas da Unicamp (Brasil) e mostrou-se eficaz, podendo ser adoptada na terapêutica de pacientes que apresentem sintomas da doença.
De acordo com a investigadora, além da melhora da halitose, “o tratamento tem a vantagem adicional de preservar as amígdalas, sem a necessidade de métodos invasivos”, explicando que, para aplicá-lo “basta um procedimento ambulatorial, com anestesia local. A aplicação do laser é feita de quatro a seis sessões, com intervalo mínimo de quatro semanas entre os procedimentos.”
A técnica de laser de CO2 foi desenvolvida em 2004 na Unicamp, pela equipe da professora e orientadora do trabalho de Ana Cristina, Ester Nicola, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Os testes contemplaram 49 pacientes, mas a cirurgiã-dentista estima que a técnica já tenha sido aplicada em mais de 300 pessoas. O alto custo do laser ainda é um desafio.
Segundo esclarece o site da Unicamp, “a médica estudou os doentes antes, durante e depois das aplicações, para aferir o nível de redução da halitose. Em todos os casos, observou-se a melhora e uma queda significativa, em torno de 30%, marca considerada satisfatória pela cirurgiã-dentista”, acrescentando que, “numa avaliação mais geral, a cirurgiã-dentista constatou, também, que os pacientes apresentaram um quadro de melhora na auto-estima e na auto-confiança.”
De acordo com a dentista, as pessoas que possuem mau hálito “não percebem o momento em que estão exalando o odor devido a um processo denominado fadiga olfatória, em que uma região do cérebro minimiza a sensação desagradável”, sublinhando que “é um problema que merece maior atenção por parte dos profissionais da área, pois a halitose pode ser um sintoma de alerta para doenças mais graves como cirrose, insuficiência hepática, insuficiência renal, diabetes e outras.”
Amigdalite crónica - críptica
A amigdalite crónica é uma doença com grande incidência na população brasileira, atingindo adultos e jovens de ambos os sexos. Trata-se de uma inflamação crónica das amígdalas e traduz-se por hipertrofia e presença de massas caseosas nas críptas amígdalinas, com odor fétido causado por germes banais, saprófitas, aeróbios, anaeróbios, germes específicos, bacilo de kock, e muitas vezes por compostos de células epiteliais de descamação, restos alimentares e neutrófilos degenerados, denominadas de «caseum».
A suspeita de que a formação de cáseos era responsável pelo mau hálito não é nova, porém, ficou comprovada com o estudo de Ana Cristina. O estudo também avaliou rigorosamente os efeitos da aplicação do laser, concluindo que a técnica promove o aumento da abertura da cripta, evitando assim a retenção de alimentos e outras substâncias que servem de substratos para as bactérias produtoras do mau hálito.
O tratamento a laser com dióxido de carbono (CO2) diminuiu substancialmente a halitose ou mau hálito, principal queixa dos pacientes com amigdalite crónica.
A técnica foi testada pela cirurgiã-dentista, Ana Cristina Teixeira, em doentes do Hospital das Clínicas da Unicamp (Brasil) e mostrou-se eficaz, podendo ser adoptada na terapêutica de pacientes que apresentem sintomas da doença.
De acordo com a investigadora, além da melhora da halitose, “o tratamento tem a vantagem adicional de preservar as amígdalas, sem a necessidade de métodos invasivos”, explicando que, para aplicá-lo “basta um procedimento ambulatorial, com anestesia local. A aplicação do laser é feita de quatro a seis sessões, com intervalo mínimo de quatro semanas entre os procedimentos.”
A técnica de laser de CO2 foi desenvolvida em 2004 na Unicamp, pela equipe da professora e orientadora do trabalho de Ana Cristina, Ester Nicola, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Os testes contemplaram 49 pacientes, mas a cirurgiã-dentista estima que a técnica já tenha sido aplicada em mais de 300 pessoas. O alto custo do laser ainda é um desafio.
Segundo esclarece o site da Unicamp, “a médica estudou os doentes antes, durante e depois das aplicações, para aferir o nível de redução da halitose. Em todos os casos, observou-se a melhora e uma queda significativa, em torno de 30%, marca considerada satisfatória pela cirurgiã-dentista”, acrescentando que, “numa avaliação mais geral, a cirurgiã-dentista constatou, também, que os pacientes apresentaram um quadro de melhora na auto-estima e na auto-confiança.”
De acordo com a dentista, as pessoas que possuem mau hálito “não percebem o momento em que estão exalando o odor devido a um processo denominado fadiga olfatória, em que uma região do cérebro minimiza a sensação desagradável”, sublinhando que “é um problema que merece maior atenção por parte dos profissionais da área, pois a halitose pode ser um sintoma de alerta para doenças mais graves como cirrose, insuficiência hepática, insuficiência renal, diabetes e outras.”
Amigdalite crónica - críptica
A amigdalite crónica é uma doença com grande incidência na população brasileira, atingindo adultos e jovens de ambos os sexos. Trata-se de uma inflamação crónica das amígdalas e traduz-se por hipertrofia e presença de massas caseosas nas críptas amígdalinas, com odor fétido causado por germes banais, saprófitas, aeróbios, anaeróbios, germes específicos, bacilo de kock, e muitas vezes por compostos de células epiteliais de descamação, restos alimentares e neutrófilos degenerados, denominadas de «caseum».
A suspeita de que a formação de cáseos era responsável pelo mau hálito não é nova, porém, ficou comprovada com o estudo de Ana Cristina. O estudo também avaliou rigorosamente os efeitos da aplicação do laser, concluindo que a técnica promove o aumento da abertura da cripta, evitando assim a retenção de alimentos e outras substâncias que servem de substratos para as bactérias produtoras do mau hálito.
Chá
Um grupo de investigadores americanos estudou as propriedades medicinais de um tipo de chá - o polyphenols - e concluiu que a infusão pode matar ou combater a bactéria oral responsável pelo mau hálito. Os investigadores advertem, no entanto, que é muito cedo para assegurar como funcionaria o chá quando ingerido pelos seres humanos. Quando utilizado em cultivos de laboratório, o polyphenols foi extremamente eficaz na supressão das bactérias responsáveis pelo mau odor da boca. "Num dos casos, o polyphenols matou cerca de 90% das bactérias mais associadas ao mau hálito em menos de 20 minutos", garante Christine Wu, professora da Universidade de Illinois na Faculdade de Odontologia de Chicago.
Um grupo de investigadores americanos estudou as propriedades medicinais de um tipo de chá - o polyphenols - e concluiu que a infusão pode matar ou combater a bactéria oral responsável pelo mau hálito. Os investigadores advertem, no entanto, que é muito cedo para assegurar como funcionaria o chá quando ingerido pelos seres humanos. Quando utilizado em cultivos de laboratório, o polyphenols foi extremamente eficaz na supressão das bactérias responsáveis pelo mau odor da boca. "Num dos casos, o polyphenols matou cerca de 90% das bactérias mais associadas ao mau hálito em menos de 20 minutos", garante Christine Wu, professora da Universidade de Illinois na Faculdade de Odontologia de Chicago.
Raquel Pacheco
Fonte: site da Unicamp/apagina.pt
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