Maior grupo farmacêutico português "bate com a porta" e deixa acusações
A Farma-APS Generis anunciou hoje a saída da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma). O maior grupo farmacêutico português acusa a associação de travar campanhas contra os genéricos, avança a Agência Lusa.
São várias as razões que moveram a Farma-APS a “bater com a porta” e sair da Apifarma. O abandono foi justificado por carta - assinada por Paulo Paiva dos Santos, director-executivo da empresa-, dirigida ao presidente da direcção da associação da indústria farmacêutica e começa por acusar a associação de encarar os genéricos como “uma espécie de medicamentos contrafeitos.”
De acordo com a Agência Lusa, a Farma-APS Generis escreve, também, que integrou o grupo que a associação caracteriza como os "indesejáveis", sustentando esse rótulo com o facto de “ser portuguesa e produzir medicamentos genéricos para algumas das maiores multinacionais de investigação do mundo."
“A apresentação de providências cautelares contra os interesses dos vossos associados", foi outra das razões enumeradas contra a Apifarma. No memorando, o grupo farmacêutico admite que estaria disposto a integrar a associação se esta "não utilizasse o valor da receita dos pagamentos devidos com as quotizações para efectuar campanhas contra os genéricos."
Recorde-se que, este mês, a Apifarma interpôs uma providência cautelar contra um concurso internacional de 500 mil euros para promover o mercado de genéricos, alegando uma agressão à lei da concorrência e advogando que, à Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), cabe apenas a promoção de campanhas de esclarecimento para o uso racional dos medicamentos.
“Apesar do seu nome, (a Apifarma) infelizmente de indústria e de portuguesa tem muito pouco" atacou Paulo Paiva dos Santos comunicando, por fim, o "abandono imediato da referida associação".
Raquel Pacheco
Fonte: Agência Lusa
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