terça-feira, 31 de julho de 2007

Preservativos a 20 cêntimos em 2008

Portugal na lista de países europeus que mais cobram por este método contraceptivo

A Coordenação Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS) está a levar a cabo negociações com distribuidores portugueses para que, já em 2008, seja possível colocar no mercado preservativos de marca brancas, vendidos a 20 cêntimos.

De acordo com os responsáveis da CNLCS, Portugal está na lista dos países europeus com os preços mais altos de venda de preservativos. A entidade pretende, por isso, que os supermercados e os hipermercados criem marcas brancas de contraceptivos, a fim de aumentar a oferta.

O preço elevado dos preservativos é apontado como o principal factor responsável pela não diminuição do número de infectados com o vírus HIV/Sida no país. Segundo afirma Beatriz Cascais, responsável pelo projecto, em declarações ao Diário de Notícias, o objectivo é que «até 2008, existam disponíveis preservativos a preços reduzidos».

O ponto de partida serão os 20 cêntimos, “mas se conseguirmos que sejam vendidos a 25 cêntimos já atingimos o nosso objectivo”, destacou a responsável, acrescentando que foram «contactados por vários importadores que querem vender estes produtos a baixo custo», mas «o problema é que não têm depois quem os escoe».

A acção da CNLCS prevê também campanhas de marketing social em torno deste método contraceptivo, com descontos e promoções em quiosques e outros postos de venda. Os dados recolhidos pela entidade de luta contra a Sida, junto de farmácias, parafarmácias, lojas de conveniência, supermercados e hipermercados, indicam que o preço dos preservativos à venda nas farmácias ronda os 78 cêntimos, nas parafarmácias os 81, nas lojas de conveniência os 67 e nas grandes superfícies 55 cêntimos. As mesmas estatísticas dizem ainda que cada português usa em média 1,6 preservativos por ano, enquanto na Espanha a média é de 3,1.

Marta Bilro

Fonte: Fábrica de Conteúdos, Portugal Diário.

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