terça-feira, 31 de julho de 2007

Principais utentes da Linha Saúde 24 são mulheres com filhos pequenos

A Linha Saúde 24 (S24), um serviço telefónico do Ministério da Saúde, em funcionamento desde Abril e que serve para aconselhar o público em caso de acidente ou de doença súbita, já recebeu quase 100 mil contactos telefónicos, maioritariamente efectuados por mulheres, 74 por cento das quais, mães de filhos pequenos, segundo dados estatísticos recolhidos entre dia 1 de Maio a 25 de Julho, revelados por este serviço.

De facto, entre os principais sintomas mencionados nas chamadas para esta linha surgem o vómito e a febre, a dor abdominal e a diarreia, registados em crianças dos zero aos quatro anos, enquanto que os sintomas descritos em adultos prendem-se maioritariamente com cefaleias (enxaquecas) ou lesões na cabeça, congestão nasal e problemas de garganta.

Até dia 25 deste mês, 89 por cento dos telefonemas foram motivados por dúvidas ou pedidos de ajuda e de aconselhamento ao nível do foro clínico, dos quais a esmagadora maioria consistiu na triagem, aconselhamento e encaminhamento dos casos para o serviço adequado aos sintomas relatados.

A gravidade dos casos distribui-se de forma variada, os mais graves são encaminhados para os serviços de urgência hospitalar, enquanto que em casos de gravidade ligeira o paciente é aconselhado ao "auto-cuidado", medicando-se ou tratando-se a si próprio em casa, sem ser necessária a intervenção de um profissional de saúde.

Em 17 por cento dos pedidos de ajuda recebidos pela S24 foi aconselhado ao utente que se dirigisse à urgência de uma unidade hospitalar, encarregando-se o serviço da referenciação dos casos, de acordo com a informação clínica relevante que o utente fornece aos técnicos em funções na Linha, facilitando assim a elaboração do diagnóstico.

A grande maioria das chamadas foram feitas por utentes residentes na região de Lisboa e Vale do Tejo, essencialmente mulheres, que em todos os escalões etários registaram uma maior utilização do serviço do que os homens, excepto entre os adolescentes, o que evidência que são geralmente elas a cuidar da saúde do familiares.

Inês de Matos

Fonte: Jornal de Noticias

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