O ruído do cérebro permite o desenvolvimento da sua função auto-correctora, revela estudo de cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT). A descoberta pode permitir a produção de próteses neurais.
O ruído do cérebro é responsável pela alteração das representações neurais que não se traduzem necessariamente no comportamento das pessoas.
Em comunicado, os cientistas do MIT explicam que o cérebro parece trabalhar sob um conceito de redundância em que as respresentações neurais, por exemplo uma frase, estão em constante mutação, mesmo quando a tarefa é comum.
Este trabalho de modificação repetida permite ao cérebro, na sua função correctora, descobrir diferentes formas de auto-corrigir as mutações do ruído.
Sebastian Seung, professor de Física e Ciência Neurológica Computacional do MIT e investigador do Instituto Médico Howard Hughes explica que «a novidade foi verificar que a representação neural de um movimento parece mudar, mesmo quando o comportamento não muda. O cérebro revela um grau surpreendente de instabilidade na representação do mundo».
Em laboratório, foram realizados testes que permitem chegar a esta novidade.
Assim, os investigadores ensinaram macacos a mover um cursor num ecrã até atingirem um alvo. Depois, num ambiente controlado os animais tentaram sozinhos repetir o processo.
Com a ajuda de um modelo matemático de rede cortical redundante que controla o movimento e com os primatas a repetir o exercício, os cientistas verificaram que «a aprendizagem das ligações entre os neurónios, através deste modelo, pode ser um processo bastante ruidoso».
Analisa-se agora a possibilidade de transferir a experiência para os humanos, para melhorar o conhecimento do seu sistema neurológico e poder produzir dispositivos externos.
Sara Pelicano
Fontes: Tv Ciência, Massachusetts Institute of Technology
quarta-feira, 6 de junho de 2007
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