quarta-feira, 6 de junho de 2007

Cuidado com alergias ao sol

São muitos os cuidados a ter quando falamos do sol e agora, em época de praia, a pele está mais sensível ao sol o que pode provocar vários tipos de reacção cutânea.

A causa principal das alergias ao sol é a agressão à camada do ozono, conforme explica a Dr.ª Ana Todo Bom,inumoalergista dos Hospitais da Universidade de Coimbra" Além dos factores agravantes, como a medicação fotossensível, a predisposição genética ou a coexistência com outras alergias, a causa principal das alergias ao sol é a modificação nas camadas protectoras da atmosfera, ou camada de ozono".
Segundo a inumoalergista esse factor tem haver com "com os raios ultravioletas, os UVA e os UVB, que são as radiações solares que atingem a superfície da Terra".
Apesar dos raios ultravioletas UVA terem maior capacidade de provocar uma reacção cutânea principalmente nesta época de calor,a maioria das situações decorre da acção combinada com os UVB.
As manifestações ao sol podem ser diversas e a DR.ª Ana Todo Bom avisa que as mais frequentes e as que mais provocam ao doente a urticária solar são"a erupção polimorfa à luz, as lesões de fotossensibilidade a fármacos e as lesões do tipo da queimadura solar"
A urticária ao sol acontece quando um individio exposto ao sol, tem reacções com máculas e pápulas muito pruriginosas, particularmente nas zonas expostas.
A inumoalergista explicou que é muito raro o doente ter tonturas, náuseas e, em casos mais graves, a pele envolvida atingir extensões maiores.
Estas reacções podem aparecer horas depois da exposição ao sol.Ela persiste, habitualmente,por vários anos.
No entanto, pode desaparecer de um momento para o outro.
A erupção polimorfa é diferente da urticária.Ela atinge,sobretudo,o decote os braços e os troncos.É mais frequente entre os jovens na faixa etária dos 20 anos, com especial predominância nas mulheres.
De acordo com a especialista "o quadro clínico típico apresenta-se com prurido e ardor, que frequentemente precede o aparecimento de lesão cutânea".
Esta lesão caracteriza-se por pápulas que, quando vesiculadas, conferem algum grau de humidade à pele. A pele adquire um aspecto eritematoso difuso, elevado e irregular.
Estas duas situações tendem a repetir-se sempre que surgem situações semelhantes, com aparecimento súbito após minutos ou dias de exposição solar.
Entre as reacções à exposição solar também se contam as alterações da coloração da pele, aranhas vasculares, pele espessada e de superfície áspera com manchas dispersas.
Ela refere, ainda, que "as reacções de fotossensibilidade a fármacos surgem por ingestão ou mesmo aplicação típica de medicamentos ou outros preparados dermatológicos, previamente à exposição solar".As eritemas surgem como reacção e "surgem principalmente associadas ao uso de antibióticos, de antifúngicos, de anti-histamínicos, de analgésicos e anestésicos e até conservantes de produtos cosméticos, podendo também manifestar-se por eczema".
Quando a alergia está instalada, a acção da água e da areia pode agravar os sintomas por processo irritativo.
Os que mais cuidados devem ter são pessoas com a pele mais clara,os que estão medicados com substâncias fotossensìveis e os que contêm queimaduras pois "Uma reacção de queimadura exagerada face a uma exposição solar modesta pode surgir mesmo na ausência de substâncias fotossensibilizantes. Esta forma de reacção pertence à classe dos sintomas agudos, aos quais se deve especial cuidado." Os idosos também encontram-se neste grupo de risco e devem ter um especial cuidado.
Os indivíduos predispostos a ter outros tipos de alergia apresentam também uma probabilidade maior de apresentar reacções ao sol.
A solução será evitar, a exposição ao calor entre as 11.00 h e as 16.00 h(horas de maior calor) e a exposição solar prolongada.
A especialista aconselha o uso do protector solar embora não sejam capazes de evitar todas as reacções alérgicas e "é aconselhável usar roupa de algodão, de cor clara e solta"
Para os doentes crónicos ela aconselha o "uso de medicação profiláctica, antes do aparecimento dos sintomas, de modo a minorar os seus efeitos ou mesmo evitá-los".

Sandra Cunha

Fonte:sapo

1 comentário:

Rui Borges disse...

"Os eritemas" e não "As eritemas". Atenção à ortografia.