O director do Instituto de Biologia Molecular da Universidade de Guadalajara, Juan Armendáriz Borunda, explicou ao Jornal La Cronica de Hoy que "quando uma pessoa sofre cirrose hepática, o fígado apresenta uma cicatriz nas suas células causando fibroses, algo assim como uma ferida que, ao cicatrizar, deixa morrer essa parte do órgão impedindo um funcionamento normal". O cientista mexicano adiantou ainda que o medicamento diminui a inflamação, a necrose e a acumulação de gordura que se dá no fígado de doentes com cirrose "a partir de mecanismos celulares que melhoram a função do órgão, favorecendo a regeneração hepática através da inibição de alguns genes prejudiciais e da estimulação de genes benéficos para o metabolismo hepático". Antes de analisar o paciente, Juan Armendáriz Borunda explicou ao mesmo jornal que é retirada uma amostra de sangue (ADN), determinando-se a resposta do indivíduo ao tratamento.
Kitocel é o nome pelo qual o medicamento foi registrado no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual e a equipa do Dr. Juan Armendáriz Borunda espera obter o registro diante a Secretaria de Saúde em dois anos, tendo sido criada, expressamente, para o desenvolvimento deste fármaco, a companhia Cell therapy and Technology.
Algumas revistas médicas internacionais como a Hepatology ou o Journal of the Patology seguiram alguns dos avanços desta pesquisa médica e apesar de destacados gastroenterólogos da América Latina, como o Dr. David Kersenovich, do Hospital de Nutrição da Secretaria de Saúde, reconhecerem que a equipa médica do Dr. Juan Armendáriz Borunda é um grupo de cientistas com qualidade, no entanto, esperam com cautela a conclusão da pesquisa.
Paulo Frutuoso
Fontes: SOS Hepatites (texto e imagem)
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