quinta-feira, 14 de junho de 2007

Força mecânica nos estudo dos receptores das células

Cientistas medem a força que existe na superfície das células e assim podem verificar como cada molécula se junta e separa na superfície da célula. Deste modo, chegar aos receptores fica mais fácil, o que pode permitir tratamentos, por exemplo de cancro, directamente nas células receptoras.

A técnica de utilização da força permite aos investigadores visualizar a interacção entre as moléculas. Este movimento molecular tem um papel importante porque dá a conhecer o crescimento das células, a sua proliferação e as diferenças entre elas. Eles apercebem-se das mudanças que por exemplo os químicos fazem no ambiente onde se localiza a célula devido ao número e tipo de moléculas que ali se encontram.

«Este trabalho é um desafio porque a superfície das células diferem muito entre si, o que as torna quimicamente diferentes», explica Van Vliet, um dos autores do programa Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Os receptores das células permitem que estas se mantenham em constante comunicação com o ambiente que as rodeia, assim as moléculas, que estão à superfície, transmitem-lhe as informações necessárias para que o receptor desenvolva as funções necessárias. No estudo, foi observado mais atentamente o receptor da célula vascular que é importante tranmissor de células vasculares através do sangue.

Antes desta técnica de força mecânica, os investigadores conseguiam através do microscópio de luz visualizar apenas as estruturas maiores e os núcleos, mas não as minúsculas moléculas que vivem à superfície das células.

O método dá ainda a possibilidade de estudar a membrana dura das células. Sobrepondo as imagens das membranas e dos receptores os investigadores chegam à maioria dos receptores. «Estas correlações suportama a teoria actual de que a função do receptor está ligada a outras proteínas da superfície da célula, que transmitem forças mecânicas para a parte externa das células», explica Van Vliet.

A investigação foi feita National Science Foundation Nanoscale Exploratory Research, o Center for the Integration of Medicine and Innovative Technology, o Hugh Hampton Young Memorial Foundation e o Beckman Foundation Young Investigators Program.

Sara Pelicano
Fontes: MIT

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