quinta-feira, 14 de junho de 2007

Medicamento sem receita para a obesidade
Glaxo lança Alli nos Estados Unidos


A GlaxoSmithKline anunciou para esta semana o lançamento, nos Estados Unidos, do Alli (orlistat), um medicamento para o tratamento da obesidade que não precisa de prescrição médica. Na Europa o início da distribuição do novo produto deverá ocorrer até final do ano, de acordo com a empresa britânica, sendo ainda esperada a sua aprovação no Canadá, na Nova Zelândia, na China e na América Latina.

O Alli corresponde a uma versão de baixa dosagem de orlistat, o princípio activo do medicamento Xenical da Roche, que tem de ser prescrito pelo médico para poder ser administrado, e que é já distribuído em todo o mundo à excepção do Japão. O novo medicamento da empresa britânica, a segundo maior fabricante de fármacos a nível mundial, deverá chegar às farmácias norte-americanas durante esta semana, onde está previsto um fornecimento inicial de 400 mil embalagens, que deverão estar totalmente distribuídas e disponíveis no mercado a partir de amanhã, dia 15.
Fonte da farmacêutica adiantou que este deverá ser um dos maiores lançamentos de sempre da Glaxo e provavelmente um dos maiores lançamentos de fármacos sem necessidade de prescrição médica alguma vez realizados em todo o mundo. De acordo com a companhia britânica, a conjugação do Alli com um regime para perder peso e a prática de exercício físico regular permitirão aos seus utilizadores uma perda de peso 50 por cento superior à que conseguiriam unicamente através da dieta e da prática de exercício, já que o fármaco actua bloqueando cerca de 25 por cento da gordura presente nos alimentos, reduzindo o volume de calorias que é absorvido pelo organismo.

Obesidade epidémica
Actualmente estima-se em cerca de 140 milhões o número de adultos obesos nos Estados Unidos. Os números globais são ainda mais avassaladores: mil milhões de pessoas com excesso de peso e 300 milhões de obesos em todo o mundo fazem da obesidade uma das doenças mais prevalentes à escala mundial, já catalogada pela Organização Mundial de Saúde como a epidemia do século XXI. Em Portugal a incidência do problema está calculada em 13 por cento da população masculina e 15 por cento da população feminina. A Direcção-Geral de Saúde avisa que, se não forem tomadas medidas para travar o processo, metade dos portugueses sofrerá de obesidade em 2025.

Carla Teixeira
Fontes: First Word, JornalismoPortoNet, Bloomberg, Organização Mundial de Saúde e Financial Times

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